José Manuel Pureza é o novo coordenador do BE

  • Lusa
  • 30 Novembro 2025

A nova Comissão Política do BE, eleita hoje após a 14.ª Convenção Nacional, é coordenada por José Manuel Pureza e conta com uma renovação da grande maioria dos seus elementos, com 19 entradas.

A nova Comissão Política do BE, eleita hoje após a 14.ª Convenção Nacional, é coordenada por José Manuel Pureza e conta com uma renovação da grande maioria dos seus elementos, com 19 entradas.

Segundo informação adiantada à agência Lusa por fonte oficial do partido, logo a seguir ao encerramento da convenção, em Lisboa, a nova Mesa Nacional eleita reuniu-se pela primeira vez e elegeu a Comissão Política bloquista, órgão que assegura a direção quotidiana.

De acordo com a moção A, que saiu vencedora da reunião magna, “a coordenação da Comissão Política ficará a cargo de quem encabece a lista mais votada para a Mesa Nacional do Bloco de Esquerda”, ou seja, José Manuel Pureza.

O órgão, que no mandato anterior era composto por 21 membros, passa a ter 27 elementos, e conta com um total de 19 novas presenças e oito permanências.

A moção A elegeu a grande maioria de elementos, 23, aos quais se juntaram quatro bloquistas afetos a duas moções opositoras: Alexandra Vieira, Jorge Humberto Nogueira e Nuno Pinheiro, da moção S, e Samuel Cardoso, da moção H.

Mantêm-se no órgão dirigentes conhecidos como Isabel Pires (indicada para secretária da organização do partido), o ex-líder parlamentar que deverá assumir o lugar de Mariana Mortágua no parlamento em 2026, Fabian Figueiredo, a candidata presidencial Catarina Martins, Andreia Galvão, Joana Mortágua, José Soeiro, Marisa Matias e Miguel Cardina.

Entre as nas novas entradas está a de José Manuel Pureza, que não fazia parte deste órgão, mas também bloquistas como a ex-eurodeputada Anabela Rodrigues, a antiga parlamentar na Assembleia da República Maria Manuel Rola, o ex-assessor João Curvelo e Bruno Góis, bem como vários jovens, como António Soares, Joana Neiva, Beatriz Realinho ou o atual assessor parlamentar Daniel Borges.

De saída da direção está a coordenadora cessante Mariana Mortágua — que se mantém apenas na Mesa Nacional –, mas também dirigentes do núcleo duro como Jorge Costa, José Gusmão, Leonor Rosas, Pedro Filipe Soares ou Moisés Ferreira.

“O Bloco precisa mesmo de mudar o seu funcionamento interno”

O novo coordenador nacional do BE José Manuel Pureza defendeu hoje que o partido “precisa mesmo de mudar o funcionamento interno” para juntar à democracia formal a “participação militante que a concretiza”.

No discurso que encerrou 14.ª Convenção Nacional do BE, que terminou hoje, em Lisboa, José Manuel Pureza defendeu que esta reunião-magna dos bloquistas convoca todos para construir um partido com “mais militância, mais bem organizada, mais escuta, mais democracia e melhor entrosamento com as lutas e os movimentos”.

“Digo-vos o que penso, sem hesitações ou tibiezas: o Bloco precisa mesmo de mudar o seu funcionamento interno, para juntar à democracia formal de que nos orgulhamos a participação militante que a concretiza”, afirmou.

O novo líder bloquista garantiu que esta liderança saberá criar as condições para a agregação dos militantes em núcleos e grupos de trabalho, permitindo uma “intervenção mais ágil e consistente em todas as lutas pela justiça e pelos direitos”, e a mesa nacional “será o que deve ser”, tendo a responsabilidade de ser um “órgão de discussão e coordenação de todas as formas de intervenção política” do partido.

“E a Comissão Política será o que deve ser: a direção quotidiana do Bloco e a ligação com os nossos representantes nos parlamentos nacional e europeu, aplicando as deliberações da Mesa Nacional sobre a orientação política”, acrescentou.

O novo coordenador do BE defendeu que o partido tem de “saber fazer da sua pluralidade a sua força” e assegurou que será “o primeiro a ouvir todo o partido, em todo o país”, acrescentando estar certo da união de todos os militantes neste novo caminho.

O primeiro dia de trabalhos ficou marcado por vários alertas, de dirigentes e opositores internos, sobre a necessidade de o BE descentralizar decisões, ouvir as bases, dar mais importância ao trabalho militante e reorganizar-se – com destaque para avisos fortes do fundador Fernando Rosas.

Numa tentativa de responder a algumas destas críticas, a moção A apresentou na convenção um novo modelo tripartido: além do coordenador (figura que não existe formalmente nos estatutos), a organização política do BE passará também pelo lugar de deputado na Assembleia da República e pela criação de uma nova figura, a de “secretária da organização”, que será ocupado por Isabel Pires.

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