Ministério do Trabalho está a acompanhar “de perto” despedimento coletivo na Dielmar

  • Lusa
  • 16:13

"Acredito que para esses trabalhadores será também fácil encontrar uma solução rapidamente”, considerou Maria do Rosário Palma Ramalho.

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social já está a acompanhar “de perto” o despedimento coletivo de 22 de trabalhadores da empresa de confeções Dielmar, em Alcains, Castelo Branco.

Estamos a acompanhar de perto essa situação. Desenvolvemos uma nova metodologia com o IEFP [Instituto de Emprego e Formação Profissional] e com os centros de emprego para estarem presentes o mais precocemente possível junto dos trabalhadores e nas próprias empresas”, disse esta terça-feira à agência Lusa, no Fundão, Maria do Rosário Palma Ramalho.

A governante falou aos jornalistas no final de uma visita à empresa de confeções Twintex, sediada em Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão. A Dielmar, do Grupo Valérius, deverá concluir, até final do ano, o despedimento coletivo de 22 trabalhadores. A medida vai abranger cerca de 15 por cento dos funcionários da unidade situada em Alcains, no concelho de Castelo Branco.

“Com este acompanhamento precoce conseguimos ajudar os trabalhadores rapidamente a encontrarem um posto de trabalho, o que é particularmente verdade aqui, no Fundão, que tem uma taxa de desemprego abaixo da taxa de desemprego nacional”, realçou. Maria do Rosário Palma Ramalho aludia a declarações do presidente da Câmara do Fundão, Miguel Gavinhos (PSD), que, momentos antes, na receção da comitiva nos Paços do Concelho, disse que o município tinha 4,4% de taxa de desemprego.

“Ora, nós [Portugal] temos 5,8%, o que já é pleno emprego. Portanto, acredito que para esses trabalhadores será também fácil encontrar uma solução rapidamente”, considerou.

Questionada sobre o facto do Grupo Valérius, de Barcelos, ter sido apoiado, em 2022, pelo Estado e por fundos europeus para recuperar a Dielmar e avançar agora com um despedimento coletivo, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social respondeu que a situação é consequência de “movimentos normais nas empresas, porque o mercado também tem variações”.

“Estamos num mundo de grande instabilidade e de muita oscilação no mercado. Temos é que estar preparados para, em primeiro lugar, rapidamente enquadrar esses trabalhadores com mecanismos de proteção que a lei prevê, os subsídios de desemprego e outro acompanhamento necessário e, sobretudo, reencaminhá-los para outras empresas, na mesma área ou noutra”.

A ministra acrescentou que o Fundão “é um belíssimo exemplo de reconversão profissional, de colaboração entre empresas, como se vê pela taxa de desemprego”. O despedimento coletivo acontece três anos depois de a Dielmar, uma marca histórica da confeção nacional, ter sido adquirida pelo Grupo Valérius após ter sido declarada insolvente em 2021.

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