Chamada à oficina? Saiba se o seu carro está em risco e como resolver sem pagar nada

  • ECO
  • 13:06

Em apenas 30 segundos pode verificar se o seu carro tem um recall pendente. A nova plataforma da ACAP e do IMT ajuda a evitar riscos, poupar dinheiro e proteger a sua segurança.

Antes de pensar na próxima inspeção ou em trocar de carro, há um teste gratuito de 30 segundos que pode ajudar a poupar dinheiro, chatices e até um chumbo na inspeção: saber se o seu veículo tem algum recall em aberto por questões de segurança ou emissões poluentes.

É precisamente isso que permite a nova plataforma RECALL, lançada pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), em parceria com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e com o apoio da Direção-Geral do Consumidor (DGC).

Este portal online permite a qualquer proprietário saber, em segundos, se o seu veículo está abrangido por uma ação de chamada de um fabricante — por motivos de segurança (riscos de incêndio, falhas de travagem, airbags defeituosos, direção, etc.) ou por emissões poluentes acima do permitido.

Portugal é o país europeu com maior percentagem de veículos sujeitos a recall. Segundo um estudo da carVertical, 18,2% dos automóveis verificados entre janeiro de 2023 e setembro de 2024 tinham sido objeto de pelo menos uma campanha de recolha.

Para esse efeito, os condutores apenas têm de introduzir na plataforma a matrícula ou o Número de Identificação do Veículo (VIN). Posteriormente, o sistema verifica nas bases de dados se existe alguma campanha de recall associada e, se existir, surge a indicação de que o veículo deve ser intervencionado

O acesso é gratuito para o utilizador. Em caso de recall, o proprietário deve contactar um concessionário oficial da marca, que assegura a reparação sem custos para o cliente. Nem peças, nem mão-de-obra. A fatura é para o fabricante.

O facto de à data não surgir nenhum alerta na RECALL não significa que o veículo esteja “livre para sempre”. Novas campanhas podem ser lançadas a qualquer momento, pelo que a ACAP e o IMT recomendam a consulta regular da plataforma, em particular antes de cada inspeção periódica obrigatória.

São cada vez mais as operações de recall na Europa

O lançamento da RECALL acontece num contexto em que as operações de recolha têm ganho peso na indústria automóvel europeia. Este ano perspetiva-se inclusive como o mais ativo de sempre em matéria de recalls na Europa.

Segundo o relatório European Product Safety and Recall Index da Sedgwick, foram registados 7.729 eventos de recolha de produtos (todas as categorias) na União Europeia e Reino Unido no primeiro semestre de 2025, um aumento de 10,2% face ao mesmo período de 2024 e o valor mais alto em 11 anos.

No terceiro trimestre, registaram-se mais 3.745 recalls, elevando o total acumulado até setembro para mais de 11.400 eventos, com os totais anuais 8,4% acima do período homólogo de 2024.​ E não se ficará por aqui.

As campanhas de recolha vão continuar a fazer parte do dia a dia da indústria automóvel europeia, à medida que os veículos se tornam mais complexos, eletrónicos e conectados.

Os recalls via sistema europeu Safety Gate estão projetados para subir 18% este ano face a 2024. Segundo o portal Car-Recalls.eu, a base de dados europeia de recalls automóveis conta atualmente com mais de 5.200 campanhas registadas desde a sua criação.​

Para os condutores nacionais estes são números que merecem uma reflexão dado que, segundo um estudo da carVertical, Portugal é o país europeu com maior percentagem de veículos sujeitos a recall.

Segundo dados recolhidos entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, 18,2% dos automóveis verificados no mercado nacional tinham sido objeto de pelo menos uma campanha de recolha, seguido pela Grécia (17,6%), Espanha (14,5%) e Alemanha (11,5%). Contudo, apenas cerca de metade dos proprietários portugueses responderam efetivamente aos avisos de recall.​

As campanhas de recolha vão continuar a fazer parte do dia a dia da indústria automóvel europeia, à medida que os veículos se tornam mais complexos, eletrónicos e conectados. A diferença, para cada condutor, estará em saber se aproveita ou não o direito a reparações gratuitas que podem evitar acidentes, multas, despesas inesperadas… e uma boa dor de cabeça à carteira.​

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