Web Summit. Varsóvia está na corrida para suceder a Lisboa

  • Lusa e ECO
  • 9 Dezembro 2025

Na edição deste ano da Web Summit na capital portuguesa, Paddy Cosgrave, afirmou que a Polónia estava a tornar-se no "menino de ouro de uma nova Europa". Cimeira não comenta eventuais negociações.

A Polónia está a negociar a mudança da Web Summit de Lisboa, sendo Varsóvia uma das principais candidatas, disse o vice-ministro dos Assuntos Digitais, Rafał Rosiński, segundo a Polskie Radio que cita a agência noticiosa polaca PAP. O atual contrato da cimeira tecnológica com Lisboa vai até ao final de 2028. A cimeira não comenta eventuais negociações.

A Polónia está em negociações para “transferir o Web Summit de Lisboa para a Polónia”, disse Rosiński, há exatamente uma semana. “Isto implica certos custos, mas acho que vale a pena”, acrescentou, argumentando que o evento poderia atrair investidores. Rafał Rosiński não divulgou o valor, além de dizer que as despesas seriam elevadas.

A nova cidade anfitriã ainda não foi escolhida, mas Varsóvia tem “as maiores hipóteses”, disse Rosiński. Cracóvia e Gdańsk também estão a ser consideradas e os fatores-chave incluem a capacidade hoteleira e as ligações aéreas, acrescentou.

Rosiński afirmou que a Polónia oferece grandes vantagens: “Somos o maior país da Europa Central, o mais inovador e o que apresenta o crescimento mais rápido em termos de startups. Na nossa visão e na dos organizadores, seria um local muito atrativo”.

Contactada pelo ECO, a cimeira não comenta eventuais negociações. “Com quatro eventos globais (e ambições de adicionar mais), a Web Summit está em constante diálogo com partes interessadas; no entanto, não faremos comentários sobre essas discussões.”

Polónia o “menino de ouro de uma nova Europa”

Recorde-se que no arranque da edição deste ano da Web Summit na capital portuguesa, o 10.º ano do evento em Lisboa, o presidente executivo (CEO) e cofundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, afirmou que a Polónia estava a tornar-se no “menino de ouro de uma nova Europa”.

“Infelizmente, pelo primeiro ano, o número de startups alemãs na Web Summit diminuiu, mas o número de startups da vizinha Polónia, está num nível recorde”, afirmou, em 10 de novembro, tecendo elogios à Polónia. É um país “motivado, ambicioso e organizado”, sublinhou, acrescentando que “partes da Europa Ocidental estagnaram”, ao contrário da Polónia e da Europa Oriental, que “aceleraram”.

Em 12 de novembro, em conferência de imprensa durante a Web Summit, Paddy Cosgrave, não se alongou sobre o futuro da Web Summit depois de 2028.

Questionado sobre o local da cimeira tecnológica, cujo contrato para se realizar em Lisboa termina em 2028, o CEO disse ter ouvido “rumores de um novo e enorme local em Lisboa”, sem adiantar pormenores.

“Isso seria incrivelmente entusiasmante”, mas ainda falta tempo até 2028 e “tenho a certeza de que daqui a dois anos terei de discutir isso”, rematou.

A Web Summit, que arrancou em Lisboa em 2016, registou este ano um recorde 71.386 participantes de 157 países, estando presentes 1.857 investidores de 86 países, segundo dados da organização.

(notícia atualizada a 10 de dezembro com reação da Web Summit)

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