Feedzai regressa (com ajustes) à semana de 4 dias em agosto. Unicórnio tem cerca de 100 vagas

Aos colaboradores não lhes é pedido para reforçar o número de horas diárias, nem é feito corte salário proporcional à redução do número de horas. Cada colaborador tem 29 dias de férias pagas.

A Feedzai vai retomar em agosto a semana de quatro dias de trabalho, mas com ajustes face ao modelo levado a cabo no verão do ano passado. A unicórnio nacional está a reforçar a equipa: tem cerca de 100 vagas, dos quais cerca de 30 para posições em Portugal.

“Continuamos comprometidos em dar (aos nossos colaboradores) a semana de quatro dias de trabalho em agosto. Decidimos avançar porque queríamos uma boa forma de demonstrar o nosso compromisso com o work life balance“, adianta Dalia Turner, vp people da Feedzai, em declarações à Pessoas.

A líder de pessoas faz um balanço positivo do primeiro ano em que a startup implementou a semana de quatro dias na organização, em agosto do ano passado.

“As pessoas não estavam a tirar férias e é uma excelente forma visual de dizer que queremos que tirem tempo para si. E as pessoas começaram a tirar mais férias no verão, precisamente o que pretendíamos. Regressam mais frescas, há um aumento de produtividade, não vimos nenhuma redução de produtividade nesse período em que as pessoas estavam a trabalhar quatro dias por semana“, diz. “Penso que é uma boa iniciativa.”

No ano passado permitimos que as pessoas tirassem o dia que quisessem. Este ano estamos a modificar isso: terá de ser segunda ou sexta-feira para facilitar o planeamento e garantir que há tempo para as pessoas estarem juntas e conectadas. Estar conectados é o importante seja em remoto ou presencial.

Em agosto a empresa retoma este modelo. “Falei com muitos líderes de RH de muitas empresas sobre como estão a estruturar a semana de quatro dias e parece funcionar melhor quando consegues ter um dia comum ou um número mínimo de dias”, comenta Dalia Turner. Por isso, agora regressa com reajustes.

“No ano passado permitimos que as pessoas tirassem o dia que quisessem. Este ano estamos a modificar isso: terá de ser segunda ou sexta-feira para facilitar o planeamento e garantir que há tempo para as pessoas estarem juntas e conectadas. Estar conectados é o importante seja em remoto ou presencial”, justifica.

Aos colaboradores não lhes é pedido para reforçar o número de horas diárias, nem é feito corte salário proporcional à redução do número de horas. “Dá-mos o dia adicional de descanso com o pressuposto de que as expectativas não mudam”, diz a líder de pessoas.

“Se uma pessoa consegue fazer o trabalho que lhe é pedido em 6h em vez das 8h estamos ok com isso. Para ter o dia de descanso extra em agosto não estamos a pedir que trabalhe mais horas, a expectativa é que é um dia de descanso adicional, mas tem de planear o trabalho de modo a que o trabalho seja feito.”

A empresa não é a única em Portugal a avançar com iniciativas em torno da semana de quatro dias ou redução do número de horas semanais de trabalho. A PHC anunciou a intenção de dar 12 sextas-feiras por ano aos colaboradores e a Doutor Finanças — que no ano passado avançou com um piloto — retomou este ano a iniciativa, propondo uma semana de trabalho de 32h em vez das 40h tradicionais.

Modelo híbrido na companhia

Na Feedzai os colaboradores continuam com a opção de escolher, a cada seis meses, se querem ser primeiramente presenciais, flexíveis (dois a três dias por semana vão ao escritório) ou remoto. “Continuamos a ter pessoas a escolher cada uma das três opções”, afirma Dalia Turner.

“Já tínhamos um modelo flexível antes da pandemia. O que denoto é que as pessoas que antes vinham ao escritório ficaram conscientes de que podem ser produtivas em casa. Estamos a chegar a um ponto em que é mais fácil ser produtivo em casa do que durante a fase do Covid — os filhos não estão em casa, etc. –, consegue-se tranquilidade para trabalhar sem ser interrompido a cada cinco minutos”, afirma.

As pessoas apreciam o modelo híbrido e ter a possibilidade de escolher. Há qualquer coisa em ser forçado a uma escolha — como regressar de forma mandatória ao escritório — que as pessoas simplesmente não gostam”, destaca a líder de pessoas.

“Ter a escolha de ir ao não ao escritório é importante. Pelo menos para nós”, assegura. E já é argumento para recrutamento junto do talento?

As pessoas apreciam o modelo híbrido e ter a possibilidade de escolher. Há qualquer coisa em ser forçado a uma escolha — como regressar de forma mandatória ao escritório — que as pessoas simplesmente não gostam.

“Acabei de contratar duas pessoas no Reino Unido e esse foi uma das perguntas: sou obrigado a ir ao escritório? Penso que esses dois candidatos apreciaram o facto de essa ser a sua escolha, de não ser forçados a ir caso não o quisessem”, afirma.

Recrutamento: cerca 30 ofertas em aberto em Portugal

Com mais de 600 colaboradores — cerca de 60% localizados em Portugal — a Feedzai está a reforçar a sua equipa, tendo cerca de 100 vagas em aberto — para funções como engineering, data science e operations — dos quais cerca de 30 para os escritórios de Lisboa, Porto e Coimbra.

Para além dos quatro dias adicionais em agosto — através da semana de 4 dias de trabalho — a empresa oferece também ao colaborador o seu dia de aniversário, a que se juntam as férias da empresa (tais como 24 e 31 de Dezembro). Cada colaborador tem 29 dias de férias pagas.

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