Lidl vai permitir cinco dias de trabalho remoto aos colaboradores de escritório
Até aqui, os trabalhadores do escritório já tinham a possibilidade de trabalhar dois dias por semana à distância, mas passam a poder fazê-lo nos cinco dias da semana. Medida abrange 750 pessoas.
O Lidl Portugal vai oferecer aos colaboradores de escritório da cadeia alemã a possibilidade de trabalharem remotamente durante toda a semana a partir de 1 de julho, confirmou fonte oficial da empresa à Pessoas. Até aqui, os funcionários do escritório já tinham a possibilidade de trabalhar à distância dois dias por semana. A medida abrange cerca de 750 pessoas, de um total de 8.200 que a cadeia emprega no país.
“Os últimos dois anos, apesar de desafiantes, foram a prova de que a confiança, a flexibilidade e o compromisso das equipas, independentemente do local de trabalho, mantiveram sempre um alto desempenho. Acreditamos que, com esta nova possibilidade, reforçaremos não só o nível de confiança nas nossas equipas como conseguiremos continuar a ser diferenciadores, enquanto empregador de referência, sendo a primeira escolha dos nossos atuais e futuros colaboradores”, justifica Maria Román, administradora de recursos humanos (RH) do Lidl Portugal.
A empresa já permitia que o pessoal de escritório adotasse um modelo de trabalho híbrido, em que os funcionários podiam trabalhar dois dias fora do escritório. Mas a “crescente tendência de flexibilização do mercado de trabalho” e a necessidade de responder “às expectativas dos seus colaboradores” levou a cadeia de supermercados a estender essa opção a toda a semana de trabalho.
Os escritórios continuarão, no entanto, a estar “totalmente disponíveis” para os colaboradores que desejarem continuar a trabalhar presencialmente e, em momentos estratégicos, de integração ou de convívio, será promovido o trabalho presencial.
“O princípio que deve estar na base da decisão é a combinação entre o melhor resultado e uma relação sustentável com os nossos colaboradores”, diz Maria Román.
Com um total de 8.200 trabalhadores, a decisão abrange unicamente o pessoal de escritório, cujo tipo de funções permite a adoção do trabalho remoto: um total de 750 trabalhadores dos escritórios centrais e das quatro sedes regionais.
A medida surge no mesmo ano em que a insígnia foi considerada Top Employer (empregador de topo), uma distinção atribuída pelo Top Employers Institute, o único retalhista alimentar em Portugal a obter essa certificação, tendo ainda anunciado um investimento de mais de 7,5 milhões de euros em aumentos salariais, dos quais mais de 80% se destinam a colaboradores das lojas e entrepostos. A subida salarial média, para todos os colaboradores do Lidl em Portugal, foi de mais 3%, adiantou o Lidl Portugal à Pessoas.
O retalhista também decidiu aumentar a carga horária dos colaboradores, em regime de part time, de “forma progressiva”. “Esta medida beneficiará cerca de 3.700 colaboradores, que desta forma irão usufruir de um aumento salarial de 24%, traduzindo-se num investimento adicional da empresa de cinco milhões de euros”, revelou ainda, em dezembro, a administradora com o pelouro dos RH na cadeia de distribuição.
O Lidl prepara ainda a entrada na Madeira, onde pretende recrutar 150 colaboradores na região e vai investir cerca de dois milhões de euros na respetiva formação.
Lidl e Santander antecipam pagamentos a fornecedores nacionais
Mas estas não são as únicas novidades anunciadas pela empresa. Esta semana, o Lidl Portugal deu conta do lançamento de uma parceria com o Santander para antecipar o pagamento a fornecedores à luz do “atual contexto economicamente difícil”.
“Esta solução – o Global Confirming – permite antecipar o pagamento de faturas, sem limite nenhum, de forma justa e flexível, sem que os fornecedores tenham de ter conta aberta no banco Santander, sem consumir linhas de crédito e com uma taxa de juro inferior às opções de financiamento tradicionais. Desta forma o Lidl Portugal procura reforçar o seu apoio aos seus parceiros, garantindo-lhe a possibilidade de manterem a sua atividade com maior flexibilidade de atuação”, avançou a empresa num comunicado, garantindo que a medida contribui “para a liquidez dos seus fornecedores nacionais”.
De acordo com o Lidl Portugal, “além das condições vantajosas, não existem taxas e comissões de adesão, anuais ou adicionais”. “Existirá um custo único se o fornecedor optar pela antecipação do pagamento de faturas. Neste caso, ocorrerá uma dedução mínima que é calculada com base no número de dias restantes até à data de vencimento da fatura”, explicou a empresa na referida nota.
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