Sonae acelera 3% com fusão “positiva” da SportZone
Analistas acreditam que negócio de fusão da SportZone com duas lojas de desporto britânicas poderão dar lucros de sete milhões de euros à Sonae. Ações aceleram mais de 3%
Estão a brilhar as ações da Sonae SON 0,00% na sessão desta quinta-feira da bolsa nacional, depois de a retalhista ter anunciado um acordo de fusão da SportZone com duas retalhistas britânica que vai criar o segundo maior player na Península Ibérica. Para os analistas, o negócio é claramente positivo para a Sonae: se a unidade de retalho desportivo dava prejuízos, poderá agora dar lucros até sete milhões de euros.
As ações da Sonae estão em destaque. Avançam mais de 3% para 0,85 euros, num dia sem grandes oscilações no PSI-20. O principal índice português vai ganhando 0,07% para os 4.633,18 pontos, depois de quatro sessões no vermelho.
Ainda antes da abertura da bolsa, a Sonae anunciou um acordo para fundir a SportZone com as lojas de desporto JD Sprinter e JD Sports Group. A nova empresa será detida em 30% pela retalhista liderada por Paulo Azevedo, enquanto a JD Sprinter e JD Group ficarão com participações de 20% e 50%, respetivamente. Deverá apresentar um volume de negócios superior a 450 milhões de euros, com uma rede de 287 lojas, das quais 96 em Portugal.
Sonae dispara 3% com negócio
Segundo uma nota de research do BPI, a “posição na nova companhia deverá representar uma contribuição para o lucro entre os seis e os sete milhões de euros em velocidade de cruzeiro”. “Com este potencial negócio, a empresa resolve um problema pendente na sua estrutura, que era a falta de escala para ser lucrativa no segmento de Desporto”, destacam os analistas do BPI.
"Com este potencial negócio, a empresa resolve um problema pendente na sua estrutura, que era a falta de escala para ser lucrativa no segmento de Desporto.”
Além de potenciar os lucros da retalhista, a Sonae troca um negócio com uma avaliação negativa “por 30% numa operação que poderá valer 450 milhões de euros”, diz o Haitong, salientando que o acordo mostra que a administração da cotada portuguesa está “disposta a adotar ações mais decisivas para dar a volta aos resultados do negócio não-alimentar”.
No comunicado enviado à CMVM, a Sonae acredita que o negócio “venha a gerar, progressivamente, economias de escala que permitam alcançar níveis atrativos de rentabilidade”. O novo grupo “irá beneficiar do crescimento e competências dos seus acionistas em cada um dos mercados, assim como do seu know how no setor do desporto”, lê-se também.
Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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