Operação Marquês: Empresa de Carlos Santos Silva celebrou 104 contratos públicos desde 2014

A Proengel, uma empresa de Carlos Santos Silva, celebrou 104 contratos públicos no valor de 3,5 milhões de euros desde 2014, ano do início da investigação da Operação Marquês.

A Proengel, uma empresa de projetos de engenharia e arquitetura de Carlos Santos Silva, celebrou 104 contratos públicos no valor de 3,5 milhões de euros desde 2014, ano do início da investigação da Operação Marquês, avançou a TVI. O empresário é arguido no processo e está acusado por três por falsificação de documento e três por branqueamento de capitais, todos em coautoria com José Sócrates.

Segundo revelou a TVI, a maior parte dos contratos foram celebrados com autarquias, destacando-se na lista Belmonte. 41 contratos ocorreram por ajuste direto, 27 após uma consulta prévia a um grupo de empresas e 31 por concursos públicos. Só em 2022, a Proengel assinou 11 contratos públicos. Um das diretoras desta empresa é Inês de Rosário, companheira de Santos Silva, e que também foi acusada neste processo.

Foi em julho de 2013 que Carlos Santos Silva despertou a atenção das autoridades judiciárias numa investigação iniciada em 2011. Mas foi só a 21 de novembro de 2014 que a bolha rebentou quando José Sócrates foi detido em direto nas televisões, à saída do aeroporto de Lisboa, vindo de Paris. Com ele, foi também detido o amigo Carlos Santos Silva.

Os dois arguidos continuam a aguardar julgamento, tal como João Perna, ex-motorista de José Sócrates, que vai a julgamento por um crime de posse de arma proibida. Segundo o Minitério Público (MP), Santos Silva era o testa-de-ferro de José Sócrates para controlar várias offshores. O empresário chegou a estar preso preventivamente.

Neste processo, o MP reclama aos arguidos um total de 58 milhões de euros, tendo arrestado vários bens. Segundo as contas da acusação, José Sócrates teria dado cerca de 21 milhões de euros de prejuízo ao Estado, Zeinal Bava cerca de 16 milhões, Henrique Granadeiro cerca de 14 milhões, Carlos Santos Silva três milhões e 300 mil euros, Ricardo Salgado três milhões de euros e Armando Vara 1,4 milhões de euros.

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