Paulo Portas favoreceu a Mota-Engil? “Nem sei de que questão é que estão a falar”
Questionada pelos jornalistas sobre se o envolvimento de Paulo Portas em questões judiciais poderia prejudicar o partido ou a candidatura a Lisboa, Assunção Cristas disse desconhecer as acusações.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, disse hoje desconhecer a acusação feita ao Ministério Público contra o antigo líder centrista e ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas de favorecimento à empresa Mota-Engil. “Não tenho nenhuma informação sobre isso”, começou por afirmar a líder centrista, quando questionada pelos jornalistas sobre se o envolvimento de Paulo Portas em questões judiciais poderia prejudicar o partido ou a candidatura a Lisboa.
No final de um encontro com a imprensa para realizar o balanço de seis meses de pré-campanha autárquica a Lisboa, e perante a insistência dos jornalistas, que perguntaram se o tema seria um embaraço, Assunção Cristas reiterou: “Nem sei de que questão é que estão a falar”. “O meu foco hoje é preparar o tema de Lisboa, preparar esta conversa convosco, explicar o que temos vindo a fazer nestes seis meses, que estamos a seis meses das eleições, vamos intensificar o nosso trabalho para construir um projeto ambicioso, sólido, exequível, com sonho, com amor à cidade”, acrescentou, sublinhando o legado do partido na capital, que foi presidida pelo centrista Kruz Abecassis, entre 1980 e 1990.
"Não tenho nenhuma informação sobre isso. (…) Nem sei de que questão é que estão a falar.”
O Jornal de Notícias noticiou no domingo que o Ministério Público (MP) recebeu uma denúncia da construtora Tecnorém, que se queixa de “um claro favorecimento da sociedade Mota-Engil” no concurso para a construção da Escola da NATO, em Oeiras, empresa da qual Paulo Portas é atualmente consultor. De acordo com o jornal, a Mota-Engil ficou em segundo lugar no concurso, mas, depois de apresentar uma reclamação, passou para primeiro.
A empresa Tecnorém acusa de favorecimento Paulo Portas, anterior vice-primeiro-ministro, e o diretor-geral de Recursos da Defesa Nacional, Alberto Coelho, que lançou o concurso e preside a um órgão nacional do CDS, o Conselho de Fiscalização do partido, refere igualmente o jornal. Segundo o JN, o concurso público, que a Mota-Engil venceu, foi aprovado a 16 de junho de 2016 e o contrato final foi assinado entre aquela construtora e o Ministério da Defesa no dia 28 de março deste ano.
O jornal Público de hoje cita uma fonte próxima de Paulo Portas, afirmando que a alegação da empresa Tecnorém é difamatória. Ao JN, a assessoria de imprensa da Mota-Engil declara que o processo foi conduzido com lisura.
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