Há cinco escolas de gestão portuguesas entre as melhores do mundo, segundo o Financial Times

À exceção do ISEG, todas as escolas portuguesas representadas no ranking global do Financial Times, que avalia o segmento da educação executiva, melhoraram o seu desempenho.

quatro escolas de gestão portuguesas entre as 50 melhores do mundo em executive education. Nova School of Business and Economics (Nova SBE), Católica Lisbon School of Business and Economics, Porto Business School (PBS) e ISEG – Lisbon School of Economics and Management são as instituições de ensino que surgem no ranking global do Financial Times (FT). Todas, exceto o ISEG, melhoraram a sua posição face à edição anterior. A Nova SBE é, uma vez mais, a escola nacional que surge na liderança, na melhor posição de sempre. Há ainda uma quinta escola nacional que, embora fora do Top 50, marca presença nos rankings específicos: o Iscte Executive Education.

“A Nova SBE é uma das escolas nacionais presentes no ranking da formação de executivos do Financial Times, o que, mais uma vez, demonstra a excelente qualidade da formação em Portugal. Os resultados conseguidos pela Nova SBE, que obtém o 18.º lugar no mundo (o melhor alguma vez obtido por qualquer escola portuguesa neste ranking) consolida a nossa liderança em Portugal, quer nos programas abertos, quer nos customizados, deixam-nos muito satisfeitos e revelam que estamos no caminho certo para a criação de uma comunidade de talento e conhecimento com impacto no mundo”, comenta Pedro Brito, associate dean da formação de executivos da Nova SBE.

“É através do trabalho com as empresas e organizações que conseguimos transformar a economia e a sociedade, formando líderes preparados para compreender o seu papel e responsabilidade na construção de uma sociedade mais justa e sustentável”, acrescenta.

No ano passado, em termos globais, a Nova SBE ocupou a 22.ª posição, tendo conseguido escalar quatro patamares na tabela, para o 18.º lugar. Contudo, mais especificamente, no ranking que avalia a performance das instituições nos programas abertos, a Nova SBE ocupa agora a 29.º posição, tendo caído da 20.º posição, e ao nível dos programas customizados, figura em 16.º lugar, tendo dado um salto de 13 posições.

Para este resultado — o melhor já alcançado pela Nova SBE neste ranking — contribuiu o indicador ‘Parcerias com outras escolas’, no qual alcançou a 6.ª posição a nível mundial, refletindo o trabalho realizado e as parcerias conseguidas com outras organizações, como é o caso das escolas de negócio que pertencem à rede global UNICON e do programa “Exponential Business Administration” (xBA), que resulta de uma parceria entre a Nova SBE e a StartSe, distinguido no MERIT Summit 2022, em Madrid, com um prémio internacional de inovação.

Nova School of Business and Economics, em Carcavelos

“A proximidade com os nossos parceiros corporativos, a qualidade do nosso corpo docente e visão da escola focada em impacto são algumas das razões deste sucesso. Mas também a cultura vanguardista que se reflete na metodologia de ensino, nomeadamente através da integração de desafios reais de empresas, na introdução de novas tecnologias de aprendizagem e no apoio ao desenvolvimento profissional dos alunos”, justifica Pedro Brito.

“Desde que iniciámos o nosso caminho na formação de executivos que apostamos em ajudar as pessoas e as organizações a prepararem-se para o seu futuro, numa ótica de lifelong employability, por isso disponibilizamos uma oferta formativa que integra aprendizagens ativas, personalizadas e alinhadas com as reais necessidades das pessoas, empresas e sociedades”, conclui.

Católica ascende ao Top 25

A Católica-Lisbon, por sua vez, surge no 24.º lugar dos rankings globais, ascendendo ao Top 25 mundial em formação executiva, depois do 27.º lugar no ano passado.

“Estarmos no Top 25 mundial em formação executiva é um resultado excelente que resulta da nossa forte aposta no talento dos nossos professores, na inovação pedagógica e adaptação às necessidades das empresas. A nossa equipa de formação executiva está de parabéns por estes resultados, pois em dois anos fomos uma das três escolas do mundo com melhor progressão nos rankings. Essa trajetória e reconhecimento responsabiliza-nos a servir cada vez melhor as necessidades de formação dos profissionais do futuro, acelerando a sua carreira e criando valor para as empresas”, afirma Filipe Santos, dean da Católica-Lisbon.

A futura formação executiva será ainda mais alinhada com as necessidades dos clientes e as tendências e exigências do mercado em formatos inovadores e orientados para um mundo cada vez mais digital, no qual as qualidades de liderança são fundamentais.

Céline Abecassis-Moedas

Diretora para a formação de executivos da Católica-Lisbon

Nos rankings específicos, a universidade portuguesa alcançou o 31.º lugar nos programas abertos — em grande parte devido às classificações obtidas nos indicadores ‘Localização internacional’ (25.º lugar), ‘Diversidade do corpo docente’ e ‘Participantes internacionais’ (ambos no 26.º lugar) — e a 21.ª posição nos programas customizados — graças ao seu desempenho em indicadores como ‘Novas competências e aprendizagem’, (18.º lugar), ‘Objetivos alcançados’ e ‘Crescimento’ (ambos no 19.º lugar).

A futura formação executiva será “ainda mais alinhada com as necessidades dos clientes e as tendências e exigências do mercado em formatos inovadores e orientados para um mundo cada vez mais digital, no qual as qualidades de liderança são fundamentais”, antecipa Céline Abecassis-Moedas, diretora para a formação de executivos da Católica.

PBS e ISEG na segunda metade do ranking

A terceira business school portuguesa a surgir no ranking global do FT no segmento da educação executiva é a Porto Business School, que ocupa, este ano, o 34.º lugar, uma melhoria de seis patamares face ao ano anterior.

nos rankings que avaliam os programas abertos e programas customizados, a escola da Invicta conseguiu os 42.º e 46.º lugares, respetivamente. Foi a única das cinco escolas portuguesas a melhorar em ambas as categorias, tendo subido 11 posições na categoria open e duas posições na categoria custom.

O parâmetro ‘Parcerias com outras escolas’ foi o que lhe conferiu a melhor avaliação (16.ª posição, a nível mundial), bem como ‘Crescimento’ (24.ª posição, a nível mundial).

“Estes resultados demonstram, uma vez mais, o sucesso do trabalho de antecipação e adaptação da Porto Business School às novas exigências do mundo dos negócios, tão marcado pela incerteza. Numa sociedade em constante transformação, nomeadamente no que diz respeito à inovação digital e tecnológica e à sustentabilidade, continuamos, ano após ano, a ser uma referência internacional na área da formação em gestão e a responder às necessidades atuais dos executivos”, afirma José Esteves, dean da Porto Business School.

Faculdade de Economia da Universidade do Porto

O ISEG completa a presença nacional no Top 50, assumindo o 47.º lugar da tabela do FT. Desceu, contudo, seis posições face aos resultados alcançados na edição anterior.

Ao nível dos programas abertos, a escola de economia e gestão cujo seu campus se situa na zona do Rato (Lisboa) ocupa a 59.ª posição, enquanto no que se refere aos programas customizados figura no 52.º lugar.

No caso dos programas customizados, a contribuir para estes resultados está o seu desempenho nos critérios de ‘Parcerias com outras escolas’ (21.º lugar) e ‘Clientes internacionais’ (26.º lugar). Já nos programas abertos, o destaque vai para os indicadores de ‘Participantes internacionais’ (33.ª posição) e ‘Diversidade do corpo docente’ (38.ª posição).

“Existem centenas de business schools no mundo a operar num ambiente totalmente aberto e competitivo. Estar entre as Top 50 de um dos mais reconhecidos rankings aumenta a nossa responsabilidade, mas também é o reconhecimento do bom trabalho que realizamos. Um trabalho com propósito. No ISEG, a formação de executivos está coerentemente inserida numa ótica organizacional onde a criação de valor empresarial se sobrepõe ao sucesso individual, embora não o afaste. E esta forma de encarar o crescimento da formação no contexto organizacional é reconhecido pelo mercado e por isso reconhecido pelo ranking do FT”, refere João Duque, presidente do ISEG.

Para Francisco Velez Roxo, que assumiu recentemente as funções de presidente da comissão executiva do ISEG Executive Education, este reconhecimento é, ao mesmo tempo, gratificante e desafiante. “Gratificante porque está indexado à concretização da visão e missão organizacional de uma escola que sempre apostou na formação de executivos; e desafiante porque cada vez mais a aposta numa formação em simultâneo muito segmentada e integradora tem de evidenciar uma perspetiva de mais conhecimentos, saberes e boa evolução profissional na alta roda da competição das empresas e entre Escolas a nível internacional fazendo parte de rankings credíveis e com reputação”, explica.

Fora do Top 50, Iscte também no ranking

Apesar de serem quatro as business schools portuguesas que figuram no ranking agregado do FT — construído através de duas componentes, um ranking para os programas de inscrição aberta e outro para os programas customizados para empresas — há mais uma escola de negócios nacional a marcar presença nestes rankings mais específicos: o Iscte Executive Education.

No caso do primeiro (relativo aos programas abertos), num leque de 75 escolas analisadas, o Iscte Executive Education ocupa o 68.º lugar, tendo conseguido os melhores resultados nos parâmetros ‘Localização internacional’ e ‘Participantes internacionais’. Já nos programas customizados, a instituição académica figura na 61.ª posição do Top 75. Para este resultado contribuiu fortemente o critério que avalia o ‘Crescimento’, seguido do ‘Programa no estrangeiro’.

Continuaremos a reforçar a aposta internacional da formação de executivos. Queremos ser globais e chegar, pelo menos, aos 50% de alunos internacionais no fecho de 2024.

José Crespo de Carvalho

Presidente do Iscte Executive Education

“Este é o ano da confirmação da estratégia que vimos seguindo. A internacionalização ocupa o merecido lugar e fomos devidamente compensados. O Financial Times aponta-nos como a escola número um em Portugal e 14.º no mundo com a melhor combinação entre origens internacionais de alunos (diversidade geográfica) e número de alunos internacionais. Um prémio que vem em boa hora depois de sofrermos o que tínhamos a sofrer em internacionalização com o fecho dos mercados pela Covid-19. Agora sim, China, Índia, Brasil, Estados Unidos e Médio Oriente, entre outros mercados, estão a dar os devidos resultados“, comenta José Crespo de Carvalho, presidente do Iscte Executive Education.

E reforça: “Se dúvidas havia, o caminho está traçado. Continuaremos a reforçar a aposta internacional da formação de executivos. Queremos ser globais e chegar, pelo menos, aos 50% de alunos internacionais no fecho de 2024.”

HEC Paris lidera, uma vez mais, o pódio

O pódio mundial pertence, por sua vez, e em linha com as últimas edições, à HEC Paris, que detém um campus em França e outro no Catar. A business school francesa registou, contudo, uma queda nos rankings mais específicos, nos quais também assumiu o primeiro lugar no ano passado.

Nesta edição, a HEC Paris ficou em segundo lugar no ranking relativos aos programas abertos e em terceiro naquele que avalia os programas customizados.

O segundo lugar do pódio pertence, por sua vez, à IESE Business School, com campus em Espanha, Estados Unidos, Alemanha e Brasil. De salientar ainda que, no que toca aos programas abertos, é agora esta escola que lidera a tabela.

O pódio fica completo com a Insead, com presença em França, Singapura e Emirados Árabes Unidos, no terceiro patamar.

O “Ranking Executive Education” do Financial Times avalia a performance das escolas, tendo em conta metodologias de ensino, qualificação do corpo docente, contribuição para novas competências e aprendizagens, e o retorno do investimento dos participantes.

Consulte os resultados completos aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Há cinco escolas de gestão portuguesas entre as melhores do mundo, segundo o Financial Times

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião