Moody’s sobe ratings de bancos portugueses
Depois de ter melhorado a perspetiva para a dívida portuguesa, a Moody's subiu os ratings dos depósitos e dívida senior da Caixa, Santander, BPI, Crédito Agrícola e Banco Montepio.
A Moody’s subiu os ratings dos depósitos de longo prazo e dívida sénior não garantida de vários bancos portugueses, deixando o BCP e o Novobanco sem alterações, isto depois de ter melhorado a perspetiva para a notação de risco de Portugal há uma semana.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) viu o rating dos depósitos de longo prazo subir um nível, de “Baa2” para “Baa1”, três degraus acima da fronteira com o nível considerado “investimento especulativo”, enquanto foi reiterado o rating para a dívida sénior não garantida no nível “Baa2”.
“A Moody’s considerou o fortalecimento do perfil de crédito da CGD, nomeadamente a melhoria da qualidade dos ativos e dos rácios de capital, a par do continuado incremento dos resultados recorrentes”, nota o banco público em comunicado entretanto enviado ao mercado.
Quanto ao Santander Totta e BPI, a Moody’s melhorou a classificação de risco para a dívida sénior não garantida, em ambos os casos de “Baa2” para “Baa1”, reiterando os ratings dos depósitos de longo prazo (A3).
Quanto ao BCP e Novobanco, não há mexidas, mantendo-se os ratings dos depósitos de longo prazo em “Baa2” e “Ba1”, respetivamente.
Já o Crédito Agrícola e Banco Montepio viram os seus ratings dos depósitos de longo prazo e da dívida sénior não garantida aumentarem num nível.
Adicionalmente, a Moody’s deixou os ratings dos depósitos de longo prazo e da dívida sénior não garantida da CGD, BCP, Novobanco e Banco Montepio com perspetivas de evolução (outlook) positivas, devido à expectativa de melhoria do perfil de crédito destas instituições nos próximos 12 a 18 meses.
Antecipando um “aumento moderado dos empréstimos problemáticos” tendo em conta a subida dos juros e da inflação, a agência considera que a deterioração não deverá materializar-se num enfraquecimento dos bancos.
Para o BCP, os ratings só voltam a subir se os problemas com a sua subsidiária polaca, o Bank Millennium, forem contidos, nota a Moody’s.
(atualizado às 21h46 com mais informação)
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