Vendas do Minipreço sobem 2,5% antes da venda dos supermercados à Auchan
Retalhista portuguesa do grupo Dia, que vai ser comprada pelos franceses da Auchan, registou vendas de 163,4 milhões de euros entre julho e setembro, “compensando a redução de 2% no parque de lojas”.
As vendas líquidas do Minipreço atingiram 163,4 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano, o que equivaleu a um crescimento de 2,5% face a igual período do ano passado, “compensando novamente a redução de 2% no parque de lojas”. Comparando o mesmo número de espaços comerciais (like-for-like), as vendas da insígnia que vai ser comprada pela Auchan progrediram 1,1% neste período.
Os números mais recentes relativos à operação da retalhista foram divulgados esta quarta-feira pelo Grupo Dia, que está de saída do mercado da distribuição alimentar de proximidade em Portugal. Em agosto, a Auchan acertou a compra da totalidade da operação do grupo no país por 155 milhões de euros, num acordo que inclui 489 lojas próprias e franquiadas, três armazéns e a integração dos 2.650 trabalhadores do Minipreço.
Como o ECO já noticiou, este acordo, que ainda está a ser avaliado pela Autoridade da Concorrência, irá criar o quarto maior negócio no mercado nacional do retalho alimentar, com uma quota a rondar os 7%. Em conjunto, as duas cadeias colocam-se a par do Intermarché, em termos de vendas, e ficam apenas atrás do Continente, do Pingo Doce e do Lidl.
No comunicado divulgado na altura do anúncio da compra, o diretor-geral da Auchan Retail Portugal, Pedro Cid, salientou que esta é uma “forte aposta” do grupo francês, que junta “a experiência de mais de 50 anos de hipermercados em Portugal [antes com a marca Jumbo e Pão de Açúcar] ao segmento de proximidade e também ao modelo de franchising, que é um dos pontos fortes do Minipreço”.
Se mantiver todos os espaços agora comprados em funcionamento, a multinacional, que opera em 12 países, passa a ter o maior parque de lojas do país no retalho alimentar. O líder Continente (Sonae) diz ter “mais de 300 lojas”, o Pingo Doce (Jerónimo Martins) contabilizava 477 no final do primeiro semestre e o alemão Lidl um total de 270. Já o grupo Os Mosqueteiros tem 263 com a insígnia Intermarché – operando noutros segmentos com a Bricomarché (53) e a Roady (36) –, enquanto o Aldi tem 134 supermercados.
A nível global, o Grupo Dia reportou vendas líquidas de 4.642 milhões de euros até setembro, um aumento de 4,5% nas vendas comparáveis, salientando a “consolidação” da sua posição em Espanha e na Argentina. O volume de negócios obtido nos primeiros nove meses do ano, que exclui as vendas registadas nas lojas transferidas para Alcampo em Espanha, a venda das lojas em Portugal e as lojas Clarel, “mostra a força da estratégia da Dia num ambiente complexo como o atual”, salienta o grupo liderado por Martín Tolcachir.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Vendas do Minipreço sobem 2,5% antes da venda dos supermercados à Auchan
{{ noCommentsLabel }}