Regulação “tão apertada” nas telecomunicações retira “capacidade de inovar” às empresas, avisa Altice

"Nós respeitamos a regulação, mas hoje em dia, sobretudo na Europa, está completamente desatualizada para o que são as necessidades da economia global", frisa Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal.

A líder da Altice defende que é necessário promover uma política de estabilidade regulatória que permita às empresas apostar na sua competitividade e destaca a necessidade de ter uma regulação que se ajuste àquilo que “são as necessidades de uma economia global”, sob pena de ter “uma malha regulatória tão apertada” que não dá às empresas “capacidade para inovar”.

Nós respeitamos a regulação, mas hoje em dia, sobretudo na Europa, está completamente desatualizada para o que são as necessidades de uma economia global”, alertou Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, numa intervenção durante a 6.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.

Para a gestor da empresa de telecomunicações, “a estabilidade da regulação é importante”, destacando que “quando [faz] investimentos em 5G, não é para durar cinco anos; é para durar 15 ou 20 anos e preciso de estabilidade“.

Segundo Ana Figueiredo, a Europa está a ficar para trás em termos de grandes players, argumentando que hoje as empresas competem a nível global. E enquanto na Europa há 40 operadoras, nos Estados Unidos há três ou quatro grandes empresas no setor.

Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal

Apesar das dificuldades apontadas, a gestora destaca que Portugal beneficia de “condições excelentes” para tirar partido da economia digital, beneficiando da sua posição geográfica que permite a ligação aos Estados Unidos, África e à Europa.

A demografia é outro dos problemas que Ana Figueiredo realça. “Precisamos de pessoas. Temos um problema estrutural de envelhecimento da população”, o que tem um “impacto grave em termos de produtividade das empresas e da economia portuguesa“, reconhece.

Esta situação torna urgente ter uma política de emigração. “As empresas portuguesas estão com dificuldades para atrair mão-de-obra não só qualificada, como não tão qualificada”, adianta. Ao próximo Executivo que sair das eleições pede “capacidade de decisão”. “Precisamos de agir, concretizar e atuar”, conclui.

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