Ramalho: Iniciativa para malparado “é positiva”

  • Rita Atalaia
  • 13 Outubro 2016

O presidente do Novo Banco não quis comentar a oferta do China Minsheng, mas falou sobre as medidas para o malparado. Medidas como estas "são positivas" para a concessão de crédito.

António Ramalho diz que todas as medidas que sejam adotadas para se resolver o problema do crédito malparado em Portugal “são positivas”. Acredita que vão “facilitar a concessão de empréstimos e melhorar a qualidade do crédito concedido”, mas diz que terão de ser analisadas em detalhe.

“Todas as iniciativas que possam ser pensadas e imaginadas são positivas. Mas temos de ver depois em detalhe“, diz o presidente do Novo Banco numa conferência sobre a igualdade de género e igualdade no ensino organizada pelo Instituto Miguel Galvão Teles, realizada em Lisboa. Estas medidas foram anunciadas pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, que disse que o Governo estará a preparar um pacote legislativo para ajudar os bancos a diminuírem o malparado.

O presidente do Novo Banco explica que a banca portuguesa assegurou de 2010 a 2016 uma desalavancagem — redução do rácio entre o crédito concedido e os depósitos — que não tem comparação com toda a banca mundial. “Desceu de 162% para 103% até agosto deste ano. É um trabalho muito importante para a liquidez do sistema, nota António Ramalho.

No entanto, avança que todo o processo de ajustamento trouxe desafios do ponto de vista do malparado. “Desafios esses que se forem resolvidos facilitarão a vida na concessão de crédito e na qualidade do crédito concedido”, explica. A nova legislação do Governo vai permitir que as instituições financeiras retirem mais valor da restruturação dos seus empréstimos.

China? Nada

António Ramalho não confirmou a nova proposta não vinculativa apresentada pelo China Minsheng e confirmada pelo primeiro-ministro, António Costa, ao DN. “Não vale a pena confirmar porque eu não sou o vendedor. O vendedor é o Fundo de Resolução” e o fundo é que poderá confirmar.

O China Minsheng apresentou ao Banco de Portugal uma proposta de compra da maioria do capital do Novo Banco através de um aumento de capital, revelou o Público. E o ECO sabe que os chineses estão disponíveis para realizar um reforço de capital superior a 500 milhões de euros. O supervisor, que gere o Novo Banco — liderado por António Ramalho — aguarda ainda novas propostas até ao final do mês.

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