Popular investigado por dar informação falsa sobre as suas contas no aumento de capital
O Procurador Anticorrupção fala em suposta prática de manipulação de mercado devido à prestação de informação falsa antes da alienação do Popular ao Banco Santander por um euro.
A investigação à queda do espanhol Popular é alvo de mais um episódio. O Procurador Anticorrupção, em Espanha, pediu ao juiz da Audiência Nacional, Fernando Andreu, que está à frente da investigação à queda do Banco Popular que separe a causa em dois processos. Um processo relacionado com o aumento de capital solicitado pelo banco que visou angariar 2.505 milhões de euros e outro por suporta prática de manipulação de mercado devido à prestação de informação falsa antes da alienação ao Banco Santander por um euro, segundo avança o Cinco Dias (acesso grátis).
O jornal espanhol diz que num pedido enviado por escrito em que é pedida a admissão de cerca de trinta queixas interpostas contra os ex-presidentes do banco — Angel Ron e Emilio Saracho — e contra o auditor PWC, o procurador alega que os factos são passíveis de serem considerados um delito de mercado e contra os consumidores. O Procurador Anticorrupção alega que para angariar capital, o Popular disponibilizou através do prospeto de investimento, informações relativas às suas contas que “não refletiam a verdadeira situação económica da instituição”.
Refere ainda que a manobra relativa ao exercício de 2016 teve uma “grave repercussão na segurança da transação” não só pelo montante solicitado pela entidade, mas também pelo “descrédito e desconfiança” que gerou no sistema financeiro e por milhares dos acionistas “potencialmente afetados”.
O procurador relata que o banco lançou uma campanha de difamação através da publicação de notícias contendo dados ou informações falsas, a fim de reduzir o valor de suas ações e assim obter lucros significativos.
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