Plataforma do malparado com impacto imediato “pouco relevante” no BCP
Os analistas consideram positiva a criação da plataforma que junta o malparado da CGD, do BCP e do Novo banco. Mas, referindo-se ao BCP, o CaixaBI diz que no curto prazo o impacto é "pouco relevante".
O memorando de entendimento para a criação de uma plataforma de gestão do malparado já foi assinado. CGD, BCP e Novo Banco vão integrar esta solução com o objetivo de aumentar a eficácia e a celeridade na resolução de processos de reestruturação dos créditos e das empresas. Os analistas veem com bons olhos a criação deste mecanismo. Mas de acordo com o CaixaBI, o respetivo impacto imediato será de pouca dimensão, num comentário em que se refere em específico ao BCP.
“Ainda que a gestão coordenada deste conjunto de créditos se deva traduzir a prazo numa maior eficiência ao nível da resolução dos processos em causa, é nosso entendimento que o impacto imediato deste anúncio ao nível da posição de balanço e da conta de resultados do BCP será pouco relevante“, diz o analista André Rodrigues numa nota do CaixaBI enviada a clientes nesta sexta-feira. O analista salienta a este propósito o facto de que esta nova plataforma “terá um enfoque, regra geral, em créditos com valor agregado não inferior a cinco milhões de euros e num contexto em que os ativos geridos pela plataforma permanecerão no balanço dos bancos“.
Já o BPI considera que “no curto prazo, a criação desta plataforma para a gestão conjunta do NPL deverá dispensar a necessidade da criação de um ‘banco mau’ em Portugal”, o que é salientado pelo analista Carlos Peixoto no Iberian Daily desta sexta-feira. Numa perspetiva de longo prazo, o mesmo analista diz que este mecanismo “deverá criar condições que permitem facilitar a recuperação e/ou venda de NPL“.
O memorando de entendimento para a criação da Plataforma de Gestão de Créditos Bancários, é um instrumento autónomo que “irá permitir uma maior coordenação entre os credores bancários, visando aumentar a eficácia e celeridade nos processos de reestruturação dos créditos e das empresas”, informaram os três bancos no documento que assinaram nesta quinta-feira. Esta plataforma só vai gerir créditos individuais acima de cinco milhões numa fase inicial, de acordo com o comunicado conjunto das três instituições. Mas os ativos geridos por esta plataforma independente vão permanecer no balanço dos bancos. De acordo com o memorando, outros bancos poderão no futuro associar-se voluntariamente a esta plataforma que será gerida por José Manuel Correia.
Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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