Wall Street namora novos recordes. Twitter voa na bolsa
As bolsas dos EUA fecharam no verde, à exceção do Nasdaq, apoiadas nos resultados das empresas. Contas do Twitter surpreenderam e a rede social registou a melhor sessão em mais de um ano.
As bolsas norte-americanas fecharam em terreno positivo esta quinta-feira, à exceção do tecnológico Nasdaq, num dia marcado por resultados robustos apresentados por empresas como a Ford e o Twitter, assim como pelo oficializar da decisão do BCE de pôr um travão no programa de estímulos.
O S&P 500 recuperou das perdas da sessão desta quarta-feira e subiu 0,13% para 2.560,37 pontos, suportado nos resultados positivos das empresas. Já o industrial Dow Jones chegou a namorar novos máximos (atingiu os 23.459,84 pontos, próximo dos 23.485 pontos alcançados esta terça-feira), mas fechou nos 23.400,66 pontos, uma subida de 0,31% em relação à sessão anterior. O tecnológico Nasdaq, por sua vez, caiu 0,11% para 6.556,77 pontos. Enquanto isso, no mercado cambial, o dólar atingiu máximos de 15 semanas face ao euro. Quanto ao petróleo, valorizava em Nova Iorque 0,90% para 52,64 dólares o barril.
Em plena temporada de apresentações de resultados pelas empresas cotadas, os holofotes incidiram, sobretudo, na rede social Twitter e na fabricante automóvel Ford. O Twitter apresentou resultados do terceiro trimestre que, apesar da quebra nas receitas, superaram as estimativas dos analistas.
A empresa encolheu prejuízos para 21,10 milhões de dólares no período e aumentou ainda o número de utilizadores mensais ativos, embora tenha admitido que contou mal este dado pelo menos desde 2014. Contas feitas, o Twitter acabou por brilhar nesta sessão, valorizando 19,19% para 20,43 dólares cada ação. Desde setembro de 2016 que a empresa não via uma sessão assim.
Do lado da Ford, a empresa apresentou um lucro por ação de 0,43 dólares, batendo as estimativas dos analistas, que se fixavam nos 0,33 dólares. No terceiro trimestre, a empresa gerou receitas de 33,6 mil milhões de dólares e um lucro de 1,56 mil milhões de dólares. Estes números agradaram aos investidores, com as ações da empresa a valorizarem 1,50% para 12,22 dólares, limpando perdas registadas na sessão anterior.
A mexer com os mercados esteve também a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de cortar para metade as compras de ativos na Zona Euro, uma intenção já antecipada que, agora, se tornou oficial. Os investidores estão ainda à espera de novidades acerca da reforma fiscal de Donald Trump e há ainda expectativa sobre qual vai ser nome que o Presidente irá escolher para suceder a Janet Yellen na liderança da Fed.
A par disso, esta sexta-feira serão conhecidos dados do crescimento económico dos Estados Unidos. Estima-se que o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano tenha aumentado 2,6% no terceiro trimestre em termos homólogos, uma desaceleração em relação aos 3,1% registados anteriormente. Este fenómeno tem vindo a ser explicado pelos analistas com os estragos provocados recentemente pelos furacões Harvey e Irma.
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