CTT em reestruturação. Podem rescindir com 300 trabalhadores
Face aos sucessivos resultados pouco positivos, os CTT abriram a porta a rescisões com até 300 trabalhadores. Vai propor "pacote de benefícios" nos casos considerados "elegíveis".
Os CTT vão levar a cabo uma reestruturação que poderá resultar na saída de até três centenas de trabalhadores, avança esta quarta-feira a revista Sábado. O programa surge numa altura especialmente crítica para a empresa, face a sucessivos trimestres de resultados pouco satisfatórios, sobretudo devido à queda acentuada no tráfego do correio.
De acordo com a Sábado, fonte da empresa indicou que “após algumas solicitações de reformas antecipadas”, a empresa comunicou “às estruturas representativas dos trabalhadores que estão disponíveis para, em duas etapas distintas, acolher até cerca de 300 rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas”.
A queda do tráfego do correio, explicada com a natural digitalização das comunicações, tem vindo a penalizar sucessivamente as receitas de uma empresa como os CTT, cujo core do negócio é historicamente o correio tradicional. No final de outubro, reportou uma queda de 57% nos lucros entre janeiro e setembro face aos mesmos nove meses de 2016. A empresa viu-se ainda obrigada a cortar o dividendo de 48 para 38 cêntimos por ação, provocando uma hemorragia na bolsa.
De acordo com o jornal Dinheiro Vivo, os CTT referem que as rescisões serão levadas a cabo tendo em conta “uma política de respeito” pelos funcionários pelo que, “nos casos elegíveis”, irão “propor um pacote de benefícios que inclui o apoio à criação de empresas pelos trabalhadores que aceitarem a proposta de rescisão da empresa, bem como à sua formação profissional”.
(Notícia atualizada às 19h44 com mais informação)
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