OPEP: Corte da produção permitirá equilíbrio do mercado petrolífero em 2018
A OPEP prevê que a produção de petróleo de xisto dos Estados Unidos suba para níveis máximos.
O corte da produção de petróleo lançado há um ano pela OPEP para reduzir o excesso de oferta permitirá que o mercado fique equilibrado em finais de 2018, segundo as previsões da OPEP.
No mais recente relatório da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo), divulgado em Viena, o organismo refere que também prevê que a produção de petróleo de xisto dos Estados Unidos suba para níveis máximos.
Assim, a OPEP prevê que a produção total da concorrência aumente em 0,9 milhões de barris por dia para um total de 56,58 milhões de barris por dia.
A produção dos Estados Unidos, especialmente de petróleo de xisto, deverá crescer 1,05 milhões de barris por dia e será o único responsável por aquele aumento.
As extrações de xisto chegarão em 2018 até aos 5,48 milhões de barris por dia, mais 17% do que no ano passado e acima da produção máxima de sempre, de 4,70 milhões de barris por dia registada em 2015.
“A previsão de 2018 para o fornecimento de países não OPEP está associado a consideráveis incertezas, particularmente relacionadas com o desenvolvimento do petróleo de xisto dos Estados Unidos”, indicam os especialistas da OPEP.
O grupo petrolífero afirma que já em 2017 a produção norte-americana vai crescer 4,45% e que se espera que aquele ritmo “continue em 2018 impulsionado de crescentes investimentos em petróleo de xisto dos Estados Unidos e de poços mais eficientes”.
A extração de petróleo de xisto, mais cara do que a do petróleo convencional, começou a cair em 2015 quando a descida dos preços fez com que aquelas exportações deixassem de ser rentáveis.
Agora, com a recuperação do custo do petróleo, graças à política de cortes da OPEP, o xisto volta a ser interessante para os investidores.
Face ao aumento da produção dos Estados Unidos, a OPEP estima que poderá colocar em 2018 no mercado uma média de 33,2 milhões de barris por dia, apenas mais 1% do que neste ano.
A produção da Rússia, um dos aliados da OPEP na estratégia de corte da produção, deverá cair 1,36%.
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