Vieira da Silva soube de problemas na Raríssimas em junho
O ministro responsável pela Segurança Social soube que existiam problemas na IPSS em junho, após uma reunião com a presidente, Paula Brito e Costa.
Vieira da Silva soube da existência de irregularidades na Associação Raríssimas em junho deste ano. A confirmação foi dada pelo Ministério da Segurança Social ao Expresso este sábado [acesso pago]. A denúncia chegou pela presidente demissionária da associação, Paula Brito e Costa, numa reunião pedida pela própria que aconteceu a 22 de junho. O Ministério diz que foi informado de “um caso, regionalmente delimitado, de apropriação indevida de donativos”.
“Dada a natureza das suspeitas, o senhor ministro sugeriu o envio imediato das mesmas diretamente para o Ministério Público, por ser a entidade mais competente e eficaz para a investigação destas matérias”, esclareceu o Ministério tutelado por Vieira da Silva que recusa dizer se deu seguimento à questão internamente.
Contudo, o semanário revela que os serviços de inspeção e fiscalização da Segurança Social não foram informados pelo ministro.
Em causa estava uma alegada fraude na gestão da delegação da Raríssimas no Norte identificada por uma auditoria encomendada a uma consultora privada. No entanto, só esta semana é que o Ministério da Segurança Social decidiu avançar com uma “inspeção global com caráter de urgência”, após a TVI ter revelado suspeitas de gestão danosa por parte de Paulo Brito e Costa.
No início desta semana o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse estar de consciência tranquila sobre o caso da associação Raríssimas e garantiu que nunca teve qualquer conhecimento sobre irregularidades nas contas da associação.
“As contas da Raríssimas eram aprovadas na assembleia geral e, desse ponto de vista, tinha conhecimento [das contas], mas nunca tive conhecimento, nunca foi identificado, nem apresentado por ninguém nessas assembleias gerais qualquer dúvida sobre essas mesmas contas”, sublinhou Vieira da Silva. O primeiro-ministro já disse que mantém a “inequívoca e total confiança política” no ministro.
O ECO já contactou o Ministério da Segurança Social para perceber se o ministro deu seguimento à queixa para inspeção, mas até ao momento ainda não obteve resposta. O ministro vai ao Parlamento na próxima semana prestar declarações sobre o caso.
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