DBRS mantém bolsa em máximos de mês e meio

Lisboa acorda com ganhos ligeiros, em linha com Europa, depois de a agência DBRS ter mantido Portugal no radar de compras do BCE.

O PSI-20, o principal índice português, iniciou esta segunda-feira a ganhar 0,21% para 4.736,28 pontos, depois de a agência canadiana DBRS ter mantido o rating de Portugal e, consequentemente, a dívida portuguesa elegível para o programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE), abrindo o apetite pelo risco na bolsa portuguesa. Os juros nacionais desciam no mercado secundário.

“A manutenção da notação de investimento é a condição sine qua non para que a dívida portuguesa seja abrangida pelo programa de compra de ativos do BCE e para que as
obrigações nacionais sejam aceites como garantia para os bancos portugueses se financiarem junto do Banco Central. Como referimos na sexta-feira, a reação do mercado obrigacionista à decisão da DBRS seria assimétrica na medida em que a manutenção do rating era o cenário mais aguardado pelos investidores”, adiantaram os analistas do BPI no Diário de Bolsa.

As ações do BCP estavam em destaque pela negativa: perdiam 0,9% até aos 1,3283 euros, depois de concretizado o processo de fusão de ações, um das condições para o grupo chinês Fosun entrar no capital do banco português. Iniciaram a sessão, ainda assim, a ganhar mais de 0,5%.

“O BCP deverá negociar de forma volátil, com os investidores a ajustarem-se ao reverse stock plit que a ação sofreu”, referem os analistas do BPI no Diário de Bolsa online. “Inicia-se hoje a negociação em bolsa das ações BCP com as quantidades ajustadas pelo efeito do reagrupamento (do qual resulta uma nova ação por cada 75 ações detidas antes da operação). De relembrar que como consequência desta operação, a Euronext Lisboa cancelou todas as ordens vivas de BCP no final da sessão de sexta-feira”, acrescentaram os mesmos analistas.

"Inicia-se hoje a negociação em bolsa das ações BCP com as quantidades ajustadas pelo efeito do reagrupamento (do qual resulta uma nova ação por cada 75 ações detidas antes da operação). De relembrar que como consequência desta operação, a Euronext Lisboa cancelou todas as ordens vivas de BCP no final da sessão de sexta-feira.”

Analistas do BPI

Diário de Bolsa

Outra nota de destaque vai para a Jerónimo Martins, que na sexta-feira reportou um lucro de 500 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o dobro do que havia alcançado no mesmo período do ano anterior, impactado pela venda da Monterroio. Ainda assim, o resultado ficou ligeiramente aquém do esperado pelo CaixaBI. As ações da dona do Pingo Doce subia 0,3%.

Evolução das ações da Jerónimo Martins desde o início do ano

Fonte: Bloomberg(Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

No plano empresarial, outro facto relevante tem a ver com a Galp: cumpre esta segunda-feira uma década em bolsa. Os papéis da petrolífera portugueses celebravam a data com uma subida ligeira de 0,27%.

Lá por fora, o melhor desempenho pertencia à praça de Madrid, que ganhava mais de 1%. Mas também o CAC 40 de Paris e o DAX 30 de Frankfurt valorizavam mais de 0,5%.

(notícia atualizada às 8h49 com mais informação sobre as cotadas)

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