IGCP acredita em novas subidas de rating em 2018
Cristina Casalinho acredita que Portugal poderá receber mais avaliações positivas por parte das agências de rating nos próximos meses. Moody's pronuncia-se em abril.
Portugal poderá receber mais avaliações positivas por parte das agências de rating nos próximos meses. A convicção é da presidente do IGCP.
Cristina Casalinho disse ao Jornal de Negócios (acesso pago) esta quinta-feira, acreditar que a notação poderá evoluir favoravelmente isto depois de duas das três grandes agências de notação financeira terem voltado a classificar Portugal com grau de investimento. A 15 de setembro de 2017 a Standard & Poor’s, inesperadamente, retirou Portugal de lixo e três meses mais tarde, a Fitch melhorou a notação do país em dois níveis, de BB+ para BBB.
Agora, a 20 de abril é a vez de a Moody’s se pronunciar. E, como avançou esta quinta-feira o Diário de Notícias, a agência avalia como baixo o risco político em Portugal e acredita na capacidade de redução da dívida. A analista Sarah Carlson disse que a Moody’s espera que “o crescimento potencial modesto de Portugal acelere quando o investimento for orientado para oportunidades produtivas e quando os problemas económicos da dívida elevada do setor privado e do elevado desemprego forem respondidos”. E acrescenta que “a fraqueza do setor bancário também limita o potencial de crescimento por causa dos altos níveis de NPL [créditos não produtivos, entre eles o malparado], não obstante a recapitalização dos bancos”.
No capítulo da dívida, Cristina Casalinho avança ao Negócios que deverá terminar 2018 com um excedente de liquidez inferior ao do ano passado. “No final do ano de 2018, o IGCP projeta a existência de uma almofada de liquidez no valor de cerca de oito mil milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo face aos 9,8 mil milhões de euros com que se encerrou o ano passado. Assim, a variação do excedente de tesouraria irá ser negativo em cerca de 1,8 mil milhões de euros”, frisou.
No final do ano de 2018, o IGCP projeta a existência de uma almofada de liquidez no valor de cerca de oito mil milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo face aos 9,8 mil milhões de euros com que se encerrou o ano passado. Assim, a variação do excedente de tesouraria irá ser negativo em cerca de 1,8 mil milhões de euros.
O IGCP tem aproveitado as boas condições de mercado para se financiar a taxas mais baixas e desta forma substituir dívida mais cara. É no âmbito deste exercício que se insere os pagamentos antecipados ao Fundo Monetário Internacional. Este ano não só já foi realizada a operação sindicada “com maior procura e, no prazo dos 10 anos, com a taxa mais baixa”, diz Casalinho, como também na quarta-feira foram emitidos 1.750 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses, e as taxas a renovarem mínimos históricos.
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