Chineses da TAP admitem que estão a passar por uma crise financeira
O grupo chinês HNA admitiu estar a passar por uma crise financeira, no entanto, acredita que vai ultrapassar esse mau momento financeiro.
Os acionistas chineses da TAP admitem estar a passar por uma crise financeira, em parte devida à elevada dívida e às dificuldades de financiamento. Ainda assim, o HNA Group está confiante de que conseguirá superar esses problemas financeiros, da mesma maneira que continuará a ser apoiado por bancos e outras instituições.
Chen Feng, o chairman do conglomerado chinês, admitiu à Reuters (conteúdo em inglês) a crise financeira que está a atravessar, explicando que, na base disso, está um “grande número de fusões” feitas pela empresa, numa altura em que o ambiente financeiro externo se tornou mais desafiante e a economia da China “passou de um crescimento rápido a moderado”, o que dificultou o acesso a financiamentos.
A somar estão também outros fatores, como “a subida dos juros por parte da Reserva Federal e a desalavancagem na China“, explicou Feng, acrescentado que isso originou “problemas de liquidez no final do ano passado a muitas empresas do país”. Ainda assim, nada está perdido e afirma estar confiante de que irá “superar as dificuldades e manter um desenvolvimento sustentável, saudável e estável”.
Nas últimas semanas foram vários os bancos a mostrarem-se preocupados com a situação da HNA, nomeadamente em relação à falta de reembolso de algumas obrigações, incluindo pagamentos de arrendamentos de aeronaves, e ao aumento da dívida da empresa. E, tendo isso em conta, a Reuters destaca que esse reconhecimento da situação por parte de um responsável da empresa foi algo raro de acontecer. No passado mês de novembro, o presidente da HNA adiantou que a empresa estava a vender alguns imóveis e outros ativos, numa tentativa de melhorar a sua liquidez.
“O nosso negócio tornou-se tão grande que precisamos de melhorar a eficiência”, disse Feng. “O objetivo a longo prazo permanece inalterado, que é tornarmo-nos numa empresa de classe mundial”, disse. A alavancagem da HNA deixou em alerta alguns analistas, assim como a sua “política de financiamento agressiva”, o que levou a S&P a baixar, em novembro, o rating da empresa. A sua dívida cresceu mais de um terço nos primeiros 11 meses do ano passado, para um total de 637,6 mil milhões de yuan (81 mil milhões de euros).
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