Dívida recua, mas Portugal mantém a terceira maior da UE
A dívida pública recuou na União Europeia, mas Portugal mantém-se com a terceira maior dívida entre os Estados-membros, revelou o Eurostat.
A dívida pública recuou no terceiro trimestre de 2017 na zona euro (88,1%) e na UE (82,5%), com Portugal a manter a terceira maior entre os Estados-membros (130,8% do PIB), apesar de ter baixado, segundo o Eurostat.
Na zona euro, o rácio da dívida pública em relação ao produto interno bruto (PIB) baixou para os 88,1%, quer face ao período homólogo (89,7%), quer na comparação com o segundo trimestre de 2017 (89,0%). Na União Europeia (UE), a dívida recuou para os 82,5% do PIB, face aos 82,9% homólogos e aos 83,3% registados entre abril e junho de 2017.
De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, as maiores dívidas públicas foram registadas na Grécia (177,4% do PIB), em Itália (134.1%) e em Portugal, tendo esta última baixado para 130,8% do PIB, o que representa uma quebra de 2,0 pontos percentuais em cadeia e de 1,2 pontos na comparação homóloga. Os menores rácios da dívida em função do PIB observaram-se na Estónia (8,0%), no Luxemburgo (23,4%) e na Bulgária (25,6%).
Défice também recua. Portugal tem excedente
O défice público na zona euro recuou, no terceiro trimestre de 2017 para os 0,3% e na UE para os 0,6%, com Portugal a registar um excedente orçamental de 1,5%, segundo o Eurostat. O défice de 0,3% nos 19 países do euro compara-se com o de 1,6% no período entre julho e setembro de 2016 e com o de 1,0% registado no segundo trimestre de 2017.
Na União Europeia, o rácio do défice em relação ao produto interno bruto (PIB) baixou quer em termos homólogos (-1,7%), quer face ao segundo trimestre de 2017 (1,2%). Em Portugal, registou-se, no terceiro trimestre, um excedente orçamental de 1,5%, face ao défice de 3,0% do PIB homólogos e ao de 1,4% entre abril e junho de 2017.
O gabinete de estatísticas da UE assinalou, no boletim de hoje, que as contas para Portugal não incluem o impacto da recapitalização da CGD, prosseguindo as negociações com o INE sobre a questão qualificada como “complexa”.
A Bulgária e Malta (4,2%) registaram os maiores excedentes orçamentais no terceiro trimestre de 2017, seguindo-se a Alemanha (2,5%) e o Luxemburgo (2,4%). Já na Hungria (-3,9%), na França (-2,8%) e na Roménia (-2,5%) foram observados os défices mais altos.
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