CTT não esperam “um grande impacto” da greve

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2018

Os trabalhadores dos CTT admitem que não esperam "um grande impacto" da greve marcada para esta quinta-feira, adiantando ainda a hipótese de trabalhar no sábado para regularizar a situação.

Os trabalhadores dos CTT iniciam a partir da meia-noite a segunda greve geral em dois meses, após dois dias de paralisação em dezembro, seguindo-se uma manifestação em Lisboa contra a falta de condições laborais. No entanto, os trabalhadores não esperam “um grande impacto” da greve e admitem trabalhar no sábado para regularizar a distribuição, se for necessário, disse esta quinta-feira à Lusa o diretor dos recursos humanos.

Os trabalhadores dos CTT – Correios de Portugal iniciam a partir da meia-noite de sexta-feira a segunda greve geral em dois meses, após dois dias de paralisação em dezembro, seguindo-se uma manifestação em Lisboa contra a falta de condições laborais. “Nós, a exemplo daquilo que se passou com a greve anterior [em dezembro], não esperamos que o impacto tenha significado“, disse à Lusa do diretor dos recursos humanos dos CTT, António Marques.

“O próprio motivo subjacente à greve não é, no nosso entender, matéria que vá mobilizar os trabalhadores”, salientou o responsável, adiantando que “a empresa montou todo um esquema que previne precisamente eventuais perturbações que possam surgir num ou noutro aspeto”. Os CTT garantem o cumprimento dos serviços mínimos, onde se inclui a entrega de medicamentos e de vales postais, por exemplo.

Não deixaremos de distribuir aquilo que são os vales […]“, ou seja, os vales das pensões sociais, continuou. “E, obviamente, se for necessário trabalhar no próximo sábado também não deixaremos de o fazer para regularizar a situação em termos de distribuição num ou noutro ponto onde eventualmente possa haver algum impacto”, acrescentou. “Mas do ponto de vista global não esperamos um grande impacto relativamente a esta greve“, reiterou o diretor dos recursos humanos dos CTT.

António Marques considerou que “o principal motivo que está por trás desta greve continua a ser a reversão da privatização“. E apontou: “Repare que esta é já a oitava greve que nós temos desde 2013 e sete destas greves tem a ver com a privatização, ou seja, foram feitas greves antes da privatização, são feitas greves depois da privatização”. Portanto, “há aqui um motivo de natureza ideológica e natureza política que está por trás desta greve”, sublinhou António Marques, adiantando que, relativamente aos outros motivos, a empresa “tem-nos perfeitamente dominados em termos da sua atividade normal”.

As ações são organizadas pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media (SINDETELCO), pelo Sindicato Independente dos Correios de Portugal (SINCOR), pelo Sindicato Nacional Dos Trabalhadores Das Telecomunicações e Audiovisual (SINTAAV) e pela Comissão de Trabalhadores.

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