70% dos investimentos que a Aicep está a tentar angariar é estrangeiro

Aicep está a tentar negociar 2,4 mil milhões de euros em investimentos potenciais, na sua maioria de investidores estrangeiros. Setores de atividade são muito diversificados.

O presidente da Aicep, Luís Castro Henriques, revela que 70% do investimento que está no pipeline da agência é estrangeiro. Um pipeline que está avaliado em 2,4 mil milhões de euros.

Em entrevista à Reuters, depois de divulgados os dados esta quarta-feira pelo INE, que confirmaram o crescimento de 2,7%, o mais elevado desde 2000, Castro Henriques sublinha que o investimento produtivo incluindo investigação e desenvolvimento tecnológico (ID&T) angariado pela Aicep duplicou para um recorde de 1.900 milhões de euros, em 2017, e o pipeline ascende a 2,4 mil milhões, com forte componente de inovação que continuará a suportar máximos históricos de exportações, disse o presidente da Aicep. Ou seja, este investimento, que exclui investimentos em construção ou financeiros, 55% é Investimento Direto Estrangeiro (IDE) e 45% é nacional, “mas o que é interessante é que, no pipeline, o IDE é 70%“, frisa.

“O país está, de facto, a conseguir diversificar a sua base de investidores, que naturalmente terá uma consequência na sua base exportadora porque a Aicep não angaria investidores que não tenham perfil exportador”, referiu. “O setor automóvel continua a ser o ‘top’ de angariação de investimento, mas também são importantes a pasta e papel, os setores farmacêutico, químico, aeronáutico e cada vez mais software”. Luís Castro Henriques adiantou ainda que “o investimento para produção industrial angariado pela Aicep disparou 85% em 2017, para o máximo em sete anos nos 1.550 milhões de euros”.

“Se considerarmos também o investimento em I&DT em 2017 foi um ano recorde, com o valor mais elevado desde 2007 de investimento angariado, quase 1,9 mil milhões de euros”, acrescentou. O responsável explicou ainda que o setor automóvel e componentes corresponde a 25% do investimento angariado; a pasta e papel pesa 20%; seguindo-se os setores aeronáutico, da indústria metalomecânica e de Mobiliário, Madeira e Cortiça com 10% cada um. Já o turismo corresponde a 7%.

No pipeline, ou seja, os investimentos que a agência ainda está a negociar, os setores de papel, madeira e cortiça têm em conjunto um peso de 30%, enquanto a indústria química pesa 25%; o turismo 14% e o setor automóvel e componentes 10%. Em negociação estão ainda investimentos nos setores mineiro, agroalimentar e ainda um investimento na área das tecnologias de informação, disse ao ECO o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhantes Dias.

O secretário de Estado revelou ainda que o conjunto de investimentos sob análise com um valor superior a 25 milhões de euros (que encaixam no âmbito do regime contratual, ou seja, negoceiam apoios comunitários, mas também incentivos fiscais e outro tipo de apoios) ascende a 1,6 mil milhões de euros.

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