Elevada dívida leva Telefónica a cortar dividendo
A telecom mais endividada da Europa vai cortar na remuneração acionista para abater a dívida.
As ações da Telefónica afundavam mais de 4% depois de a administração da telecom mais endividada de Europeu ter anunciado que vai alterar a sua política de remuneração acionista para 2016 e 2017.
Enfrentando problemas sérios face à elevada dívida, a operadora espanhola decidiu cortar o dividendo deste ano em 25%, dos 75 cêntimos previstos inicialmente para 55 cêntimos. O pagamento será realizado em duas fases: 35 cêntimos em novembro e 20 cêntimos no segundo trimestre de 2017.
Para o exercício de 2017, a remuneração proposta situa-se nos 40 cêntimos por ação. Metade deste dividendo será pago no último trimestre de 2017, enquanto a outra metade será entregue as acionistas no segundo trimestre de 2018.
Ações da Telefónica corrigiram hoje em baixa após corte do dividendo
A empresa liderada por José María Álvarez Pallete sinalizou que o objetivo desta alteração na política de remuneração acionista passa por “fortalecer o balanço” da telecom espanhola e “acelerar a redução da dívida por via orgânica”, ao mesmo tempo que “remunerar de forma atrativa os acionistas, com uma rentabilidade consistente com o mercado e um payout sustentável”.
"[Queremos] fortalecer o balanço, acelerando a redução da dívida por via orgânica e remunerando de forma atrativa os acionistas, com uma rentabilidade consistente com o mercado e um payout sustentável.”
A Telefónica registou um lucro de 2.225 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, menos 22% do que no mesmo período do ano passado.
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