Centeno garante que não vai pôr em risco sucesso alcançado
Num artigo de opinião, o ministro das Finanças relembra os objetivos alcançados em 2017 e afirma que a execução de 2018 não os vai "colocar em risco".
Na semana de aprovação do Programa de Estabilidade, Mário Centeno assegura que não vai “colocar em risco” o “sucesso da economia e da sociedade portuguesa” sendo que “este é o único que chega mesmo a todos os portugueses”. Deixa ainda um aviso: o país não pode voltar a registar um défice excessivo.
Num artigo de opinião, publicado esta segunda-feira no jornal Público, o ministro das Finanças relembra cinco objetivos cumpridos pelo Governo no ano passado: “cumprir compromissos”, “mais crescimento”, “menos despesa com juros”, reforço “do investimento” e “gerar confiança”.
No primeiro campo, Centeno reafirma os números das prestações sociais, da despesa com consumo intermédio, da primária, bem como dos gastos com o Sistema Nacional de Saúde. Deixa ainda a ressalva de que “é falsa a ideia que o défice tenha sido atingido por reduções do lado da despesa dedicada ao funcionamento dos serviços públicos”.
"É falsa a ideia que o défice tenha sido atingido por reduções do lado da despesa dedicada ao funcionamento dos serviços públicos.”
Relativamente ao crescimento, o ministro das Finanças caracteriza o desempenho económico português como “excelente”, uma vez que “o crescimento da atividade económica e o aumento sem precedentes do emprego em Portugal estão na origem de uma receita fiscal e contributiva superior à esperada”.
A redução da despesa com os juros é também enunciada, com Centeno a apontar como principais causas do corte de 455 milhões “a saída do Procedimento por Défice Excessivo, a melhoria do rating e o reembolso antecipado de parte da dívida ao FMI”. O ministro fala ainda da “estabilização do setor financeiro, com a concretização dos, sempre adiados, investimentos em capital nos maiores bancos” a ser “essencial”.
Assim, Mário Centeno afirma que “a trajetória de redução do défice deve ser equilibrada, mas efetiva”, através da “racionalização” e da “eficiência da despesa pública” e assegura que, com a execução orçamental de 2018, “o Governo continuará a devolver confiança” aos portugueses, não pondo em risco todas estas vitórias.
“E, podem crer, não o vamos colocar em risco. Devemos isso a Portugal”, fecha Mário Centeno.
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