Bolsa de Lisboa no vermelho. Galp castiga
O PSI-20 registou a quarta sessão de quedas nas últimas cinco, com o BCP a ter o maior ciclo de perdas desde Junho. Já a Galp seguiu a pressão das pares europeias num dia de fortes quedas do petróleo.
A bolsa nacional fechou a primeira sessão da semana e a última do mês de outubro no vermelho. O PSI-20 desvalorizou 0,58%,até aos 4.648,88 pontos, pressionado pelo deslize dos títulos da Galp Energia em mais um dia negro para o BCP.
A praça lisboeta acompanhou as pares do Velho Continente num dia em que as ações europeias foram penalizadas pela quebra dos títulos do setor petrolífero que se viram arrastados pela desvalorização acentuada das cotações do “ouro negro”. O Stoxx Europe 600 fechou negativo pela sexta sessão consecutiva, o ciclo de quedas mais extenso em quase nove meses, com as dúvidas em relação à capacidade dos países da OPEP conseguirem fechar um acordo que permita travar o excesso de produção de petróleo a penalizarem fortemente a matéria-prima.
As cotações do WTI recuaram na sessão de hoje 3,06%, até mínimos de um mês nos 47,21 dólares por barril, enquanto o Brent recuou 3,22%, para os 48,11 dólares por barril. No fim de semana, os membros da OPEP reuniram-se e desentenderam-se sobre a forma como deverão ser implementados os cortes de produção de petróleo. O mercado questiona agora se o cartel vai conseguir definir as bases para o corte até à próxima reunião que acontece a 25 e a 26 de novembro.
Foi perante este contexto que as ações da Galp Energia se destacaram pela negativa na praça lisboeta. As ações da petrolífera deslizaram 1,12%, para os 12,35 euros, a terceira maior queda do PSI-20, num dia em que apenas seis cotadas do índice luso escaparam ao vermelho.
Mais acentuada foi a desvalorização do BCP. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado recuaram 2,96%, para os 1,21 euros, somando a sexta sessão seguida de perdas. Ou seja, desde o reverse stock-split de há uma semana que as ações do BCP recuam, com o volume de negociação a cair para metade da média dos últimos seis meses.
Entre as maiores desvalorizações, de destacar também o recuo de 1,24%, para os 6,03 euros, dos títulos dos CTT, mas também para o deslize das retalhistas. As ações da Jerónimo Martins perderam 0,41%, para os 15,67 euros, enquanto as da Sonae SGS desceram 0,55%, até aos 0,73 euros.
Em alta, de referir as ações da Mota-Engil que somaram 0,56%, para os 6,88 euros, mas também para as da REN que progrediram 0,68%, para 2,66 euros.
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