? Cinco minutos à conversa sobre inteligência artificial
Para onde caminha a inteligência artificial? Esta foi uma das perguntas colocadas a Bruno Antunes, head of cognitive computing da Novabase NBA 3,33% , que esteve à conversa com o ECO sobre uma das principais tendências tecnológicas para os próximos tempos. A tecnológica portuguesa tem vindo a apostar nesta área, desenvolvendo tecnologia para setores como o da banca. E tem já na carteira de clientes um “banco de topo” norte-americano, embora se tenha escusado a revelar o nome.
“A inteligência artificial acaba por estar nas nossas vidas diárias de um conjunto de maneiras, através de serviços que, muitas vezes, nem damos conta”, disse o responsável da Novabase, em mais uma edição da rubrica “Cinco minutos à conversa” do ECO, que pode ver no topo deste artigo. É o caso do algoritmo do Facebook que deteta as caras das pessoas em fotografias, ou do “assistente pessoal no nosso smartphone“, como a Siri do iPhone, explicou.
No caso da banca, a inteligência artificial já é capaz de analisar dados e tomar decisões. É disso exemplo a avaliação de risco na atribuição de crédito. Quanto ao que a Novabase desenvolveu, a ideia foi ajudar um banco a “otimizar a análise de informação financeira e de investimento. “Classificamos automaticamente documentos de acordo com um conjunto de tópicos. E disponibilizamos esses documentos aos utilizadores de forma seletiva, com base num sistema inteligente de pesquisa e recomendação”, contou Bruno Antunes.
A tecnologia, de Portugal para os Estados Unidos, permite ainda poupar tempo e recursos. “Isto era um processo moroso e desgastante. Tinham centenas de pessoas que liam os documentos, classificavam-nos e distribuíam-nos. Essas pessoas libertaram-se para tarefas mais complexas ou mais recompensadoras do que, propriamente, estar a fazer aquele trabalho desgastante”, indicou. Por isso, foram alcançados “ganhos significativos de produtividade e de qualidade”, garantiu o responsável da Novabase.
A inteligência artificial acaba por estar nas nossas vidas diárias de um conjunto de maneiras, através de serviços que nós, muitas vezes, nem damos conta.
Outro aspeto tido como fundamental neste campo da tecnologia é a veracidade e integridade dos dados, para que a máquina seja capaz de tomar as decisões certas. Para Bruno Antunes, é um dos muitos desafios trazidos por este tipo de “revoluções”, como foi o caso da internet há mais de duas décadas. Ainda assim, admitiu: “No caso da banca, esses desafios são, certamente, maiores. Mas a experiência diz-nos que é possível resolvê-los.”
Por fim, pode ficar a ideia de que a inteligência artificial chegou para substituir os humanos em tudo. Mais ou menos. O mercado laboral muda com a evolução. “Faz parte”, disse Bruno Antunes. Mas também se “criam novos empregos”. Desta forma, o profissional recomenda que esse “medo” da digitalização seja posto de parte. “É um medo que as pessoas não devem ter. Há coisas em que as pessoas vão ser sempre úteis e importantes”, concluiu.
Cotação das ações da Novabase na bolsa de Lisboa
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