Mourinho Félix acredita em acordo sobre reforma do euro em junho
O secretário de Estado das Finanças acredita num acordo sobre medidas concretas para a reforma da Zona Euro na cimeira de junho. Isto apesar de persistirem "diferenças de opinião", refere.
O secretário de Estado das Finanças disse este sábado, em Sófia, acreditar num acordo sobre medidas concretas para a reforma da Zona Euro na cimeira de junho, apesar de persistirem “diferenças de opinião” entre os 19 países da moeda única.
“Já só faltam dois meses, mas dois meses dá para fazer muito trabalho e dá para avançar muito, assim exista a vontade e a disponibilidade de todos para chegar a consensos e perceber que é fundamental que se avance até junho e ter em junho algo para apresentar, para que o projeto europeu possa ao longo do próximo ano evoluir”, disse Ricardo Mourinho Félix, à saída de uma reunião informal de ministros das Finanças da zona euro e da UE, na Bulgária.
"Já só faltam dois meses, mas dois meses dá para fazer muito trabalho e dá para avançar muito, assim exista a vontade e a disponibilidade de todos para chegar a consensos e perceber que é fundamental que se avance até junho e ter em junho algo para apresentar, para que o projeto europeu possa ao longo do próximo ano evoluir.”
Questionado sobre as discussões em torno da reforma do euro e do aprofundamento da União Económica e Monetária – aquele que é o grande desafio do início de mandato de Mário Centeno na presidência do Eurogrupo, com o objetivo assumido de ser alcançado um acordo a 19 sobre “medidas concretas” a serem adotadas na Cimeira do Euro, prevista para final de junho –, Mourinho Félix admitiu existirem divergências, que, todavia, considerou naturais e ultrapassáveis.
“Existem obviamente diferenças de opinião, que têm de ser mitigadas e reduzidas através de uma discussão profícua”, disse, especificando que esses diferentes pontos de vista, “que são conhecidos e têm vindo a ser expressos publicamente, apontam para um balanço que tem que ser encontrado entre a redução de risco e a partilha de risco e uma sequenciação das medidas de partilha e de redução de risco que seja adequada, para que seja possível encontrar um equilíbrio que todos considerem justo”.
Em resumo, disse que, a dois meses de distância da cimeira de junho, “as expectativas são que se chegue a um acordo que permita aos países avançar para uma União Europeia e União Económica e Monetária mais resiliente, que esteja mais preparada para fazer face a futuras crises e que possa, no contexto de uma futura crise, dar uma resposta que os cidadãos europeus anseiam”.
“Essa é ambição. Como é que lá chegamos? As discussões continuam, está-se a fazer o caminho, e penso que vamos ter resultados positivos para apresentar em junho, mas é um caminho que está a ser feito e que continuará a ser feito até junho”, completou.
França e Alemanha também apontam para junho
Os ministros das Finanças de França e da Alemanha também apontaram para junho uma proposta conjunta sobre a reforma da Zona Euro, assegurando estar “a trabalhar” num acordo, nomeadamente quanto ao aprofundamento da União Económica e Monetária.
Falando numa conferência de imprensa conjunta após a reunião informal de ministros das Finanças da União Europeia, que decorreu em Sófia, na Bulgária, o ministro da Finanças francês, Bruno Le Maire, disse acreditar “firmemente” num “compromisso” entre França e a Alemanha para a próxima cimeira europeia, de junho. “Estamos a trabalhar arduamente para encontrar soluções e creio que o vamos conseguir, estou muito otimista”, disse, por seu lado, o ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz.
(Notícia atualizada às 17h33 com mais informação)
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