Mais de um ano depois, Moody’s tira depósitos do Novo Banco de revisão
A Moody's decidiu melhorar para "positiva" a perspetiva do rating dos depósitos de longo prazo do Novo Banco. Já tinha adiado a decisão duas vezes.
A Moody’s já tomou uma decisão sobre a notação atribuída aos depósitos de longo prazo do Novo Banco. A agência de melhorou para “positiva” a perspetiva do rating dos depósitos de longo prazo do banco português, confirmando a notação de “Caa1”, sete níveis abaixo de uma notação considerada de qualidade.
A agência tinha colocado este rating “em revisão” a 5 de abril do ano passado, no mesmo dia em que baixou a notação atribuída à dívida sénior do banco. Em causa, o programa de recompra de obrigações, em que os credores aceitaram trocar 4,74 mil milhões de euros em obrigações do banco. A Moody’s tinha receio de que os obrigacionistas seniores viessem a sofrer perdas com a operação, ameaçando baixar o rating dos depósitos de longo prazo.
Mas não foi o que se verificou. Mais de um ano depois de ter iniciado o processo de revisão, a Moody’s decidiu melhorar para “positivo” o outlook dos depósitos de longo prazo da instituição, mantendo-os, no entanto, sete níveis abaixo do patamar de investimento. “Esta decisão de rating conclui a revisão dos ratings dos depósitos de longo prazo iniciada a 5 de abril de 2017 e prorrogada em 6 de outubro de 2017 e em 22 de fevereiro de 2018″, diz o Novo Banco.
Num comunicado enviado à CMVM, o Novo Banco dá conta de que esta “decisão de rating é tomada na sequência da divulgação das contas anuais auditadas de 2017 e refletem a avaliação que a Moody’s efetuou à estrutura do passivo do banco no final de 2017, incorporando as alterações ao seu balanço após a conclusão” do programa de troca de dívida por depósitos, a 4 de outubro, que permitiu a venda da instituição aos norte-americanos do Lone Star.
Enquanto o rating dos depósitos sai de revisão, mas fica em Caa1 com perspetiva “positiva”, a notação à dívida do banco foi mantida em Caa2 (também com perspetiva “positiva”), oito níveis abaixo do nível de investimento, isto depois de na semana passada a DBRS ter melhorado a classificação do Novo Banco, mas mantendo o rating em “lixo”.
“O upgrade do rating de longo prazo para B leva em consideração o fortalecimento do capital do Banco e a melhoria da posição de funding e liquidez. Também leva em consideração a melhoria no seu perfil de risco especialmente na aceleração da redução do crédito malparado (non performing loans, NPLs) e o reforço dos níveis de cobertura destes ativos”, referiu a agência canadiana.
(Notícia atualizada às 12h41 com mais informações)
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