BCP afunda mais de 4%, a maior queda em oito meses. Energéticas resistem

  • Juliana Nogueira Santos
  • 18 Maio 2018

Os títulos do banco caíram mais de 4%, numa sessão em que apenas três cotadas ficaram acima da linha de água.

O BCP fechou a semana com uma queda em bolsa como já não se via desde setembro de 2017. Os títulos do banco caíram mais de 4%, numa sessão em que apenas cinco cotadas ficaram acima da linha de água. O PSI-20 perdeu quase 1%.

Com 11 cotadas em terreno negativo, o principal índice bolsista nacional perdeu 0,67% para 5.715,42 pontos. Nem a resistência da REN, da EDP e da Galp Energia foram suficientes para equilibrar a balança.

A pesar mais esteve o banco liderado por Nuno Amado, que caiu 4,16% para 27,40 cêntimos, a maior queda em oito meses. Os títulos do banco acabaram por ser contagiados pelas quedas europeias do setor bancário, num dia em que os juros da dívida soberana dos países do sul — Portugal, Espanha, Itália e Grécia — estão a subir.

Esta queda acontece no mesmo dia em que o futuro CEO do BCP, Miguel Maya, afirmou que a banca está preocupada com a situação do Sporting, querendo vê-la resolvida o mais depressa possível. O banco é um dos maiores acionistas da SAD leonina.

BCP regista maior queda em oito meses

A juntar-se ao banco nas quedas esteve ainda a Nos, que deslizou 1,18% para 4,87 euros, a Jerónimo Martins, que desvalorizou 0,86% para 13,80 euros, e a EDP Renováveis, que perdeu 0,49% para 8,18 euros.

No outro prato da balança ficaram as energéticas EDP, com uma subida de 1,68% para 3,45 euros, REN, que avançou 0,15%, e Galp Energia, que valorizou 0,30%. Juntou-se ainda a Sonae, que apresentou esta quinta-feira os resultados do primeiro trimestre. Com os lucros a passarem de oito para os 20 milhões de euros, as ações seguiram a tendência e ganharam 1,13% para 1,16 euros.

Fora do PSI-20, os títulos da SAD do Sporting subiram 4,76%, para os 66 cêntimos na primeira chamada a negociação desta sexta-feira — as ações da SAD são negociadas por chamada, não em contínuo, apenas duas vezes por dia. Esses ganhos, entretanto, intensificaram-se na segunda chamada a negociação dos títulos que fecharam a valorizar 13,49%, para os 71,5 cêntimos. As ações recuperam quase a totalidade da desvalorização de 17,11% registada na última sessão.

(Notícia atualizada às 17h03 com mais informação)

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