Para os bancos de investimento, o vencedor do Mundial é…
Três grandes bancos de investimento fizeram as contas ao Mundial na Rússia. Com inteligência artificial, modelos econométricos e medidores de desempenho económico previram os vencedores do campeonato.
O Mundial 2018 está mesmo a chegar e, com ele, vêm as apostas sobre qual será a seleção vencedora. Muitas das apostas são apenas palpites ou, como há quem antes prefira chamar, intuições. Mas há quem aposte com base num raciocínio diferente, mais estudado e justificado. O Goldman Sachs utilizou a inteligência artificial, o UBS seguiu um modelo econométrico e a Allianz Global Investors analisou o desempenho económico dos países para chegar aos candidatos à vitória.
Os três bancos de investimento, tão curiosos quanto os adeptos, fizeram uma previsão do vencedor do Mundial na Rússia e as conclusões a que chegaram foram diferentes. Para o Goldman Sachs e o UBS, Brasil e Alemanha são os dois países apontados para o primeiro lugar do pódio. Na melhor das hipóteses, Portugal chega às meias-finais.
Já lá vão seis para o Brasil
Para o banco de investimento, sediado em Nova Iorque, o Brasil é o grande favorito à vitória na final, que será defrontada com a Alemanha. Se este cenário se concretizar, será o sexto título que o Brasil consegue num Mundial.
A Rússia, o país organizador, ficará depressa pelo caminho, sem passar da fase de grupos. Por sua vez, a grande revelação no grupo será mesmo a Arábia Saudita, que passará até aos oitavos de final. De acordo com a tabela do Goldman Sachs, Portugal enfrenta a Arábia Saudita nessa fase e sai vitorioso. Depois, nos quartos-de-final, joga contra a Argentina e volta a vencer, mas o triunfo fica por aqui porque, contra a Alemanha, nas meias-finais, a seleção portuguesa perde.
Conheça aqui a tabela, baseada em machine learning, que o Goldman Sachs elaborou. O número que aparece junto a cada país, que determina se passa de ronda ou não, representa a previsão do número de golos marcados em cada um dos possíveis encontro da competição.
Alemanha repete o feito
De acordo com o modelo econométrico usado pelo UBS, a Alemanha vai sagrar-se campeã mundial, tal como aconteceu na passada edição do campeonato, em 2014. De acordo com os economistas do banco de investimento suíço, a seleção alemã tem 24% de hipóteses de vencer a final, em Moscovo. Tal como também previu o Goldman Sachs, o jogo da final será contra o Brasil, outro forte candidatos a chegar à final.
Espanha conseguirá chegar ao pódio, com um terceiro lugar, e Inglaterra, França e Bélgica poderão surpreender no Mundial na Rússia. Mas, então, e a seleção portuguesa? Depois da vitória em França, o país campeão da Europa fica com apenas 3% de probabilidade de tornar-se o grande vencedor do Mundial de 2018.
Veja a lista, divulgada pelo UBS, que mostra qual o país com mais probabilidade de vencer o campeonato de 2018.
Quanto aos primeiros jogos, que inauguram o Campeonato do Mundo da FIFA 2018, o UBS diz que para a Alemanha e para o Brasil o começo será mais fácil. “Espanha terá de correr se quiser derrotar Portugal, o atual campeão europeu, no seu jogo de abertura“, disse Michael Bolliger, diretor de alocação de ativos em mercados emergentes do UBS.
Meia dúzia de países. Mas o mais forte no relvado será o forte na economia?
E o que pensa a Allianz Global Investors sobre quais os países com mais chances de vencer em campo? Através do desempenho económico das 32 seleções que estão na corrida para o título de campeão mundial, a Allianz perspetivou as suas performances no Mundial.
No Grupo A, apesar de a Rússia e a Arábia Saudita serem dois dos países mais relevantes a nível mundial, no que diz respeito ao petróleo, ambos estão envolvidos em conflitos com outros países. Tal cenário abre caminho para o Uruguai conseguir o primeiro lugar do grupo. Espanha e Portugal, ambos no Grupo B, são duas seleções que também podem chegar longe no campeonato. Embora os últimos anos tenham ficado marcados por crises económicas, os países recuperam e isso pode beneficiar o seu desempenho dentro das quatro linhas do campo.
A Argentina, que está inserida no Grupo D, é apontada como uma forte candidata à vitória. Ainda assim, segundo a Allianz, no relvado precisa de mostrar “melhor coordenação e determinação” do que na frente económica. Já a Alemanha, competitiva em ambas as frentes, poderá repetir o feito e revalidar o título de campeão mundial.
Ao contrário das previsões do Goldman Sachs, que apontavam o Brasil como o grande vencedor, a Allianz acredita que os problemas económicos e políticos que o país atravessa possam afetar o desempenho dos jogadores em campo.
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