Novo Banco paga 8,5% na emissão de 400 milhões em dívida subordinada
Para emitir 400 milhões de euros em títulos subordinados, o Novo Banco teve de pagar um juro anual de 8,5%. Operação de capitalização do banco incluiu uma troca de 260 milhões de euros em dívida.
O Novo Banco pagou um juro de 8,5% para emitir 400 milhões de euros em obrigações subordinadas, em nova operação para capitalizar o banco e que incluiu uma troca de 260 milhões de euros em dívida.
“Esta é a primeira emissão de dívida por parte do Novo Banco desde a sua criação e representa o regresso do banco ao mercado, e liberta o Fundo de Resolução do compromisso de tomada firme”, sublinha a instituição em comunicado.
“Esta emissão de 400 milhões foi obtida numa primeira fase através de 258,8 milhões de euros de novas obrigações Tier 2 resultantes da troca de obrigações seniores existentes, ou seja 62,5% do total da emissão, e através de novos investidores, onde a procura atingiu mais de 2,2 vezes o montante realizado de 141,2 milhões de novas obrigações”, detalha o Novo Banco.
A maioria dos títulos foi colocada junto de investidores britânicos (35%), seguindo-se a Suíça (22%) e, depois, Portugal, com 16% dos 258,8 milhões em novas obrigações — EUA ficaram com 15%, Itália e Espanha com 10% e outros com 2%. Por tipo de investidor, de salientar que mais de metade (54%) ficou nas mãos de gestoras de ativos, enquanto os hedge funds compraram 22%. Bancos ficaram com 15% e outros com 9%.
"Esta é a primeira emissão de dívida por parte do Novo Banco desde a sua criação e representa o regresso do banco ao mercado, e liberta o Fundo de Resolução do compromisso de tomada firme.”
A operação foi concluída ao preço mínimo de 8,5%, um valor que compara com a taxa de 5,75% que a Caixa Geral de Depósitos pagou na recente emissão de obrigações AT2.
“Mas como houve uma larga adesão na troca de obrigações cupão zero de longo prazo (mais de 80%), o custo marginal para o Novo Banco será cerca de um quarto daquele valor [de 8,5%]”, adianta o banco liderado por António Ramalho.
O Novo Banco procedeu a esta emissão depois de diversas reuniões com investidores institucionais em Lisboa e Londres na última semana. De fora da operação ficaram os grandes fundos de investimento do grupo Novo Note Group, como a Pimco ou a BlackRock, que voltaram a boicotar uma emissão de um banco português em protesto contra uma decisão do Banco de Portugal que em 2015 decidiu transferir várias obrigações do Novo Banco para o BES mau, o que implicou perdas para estes investidores.
A emissão de dívida Tier 2 e a oferta de aquisição e de troca deverão ter liquidação financeira a 6 de julho de 2018, disse ainda o Novo Banco.
(Notícia atualizada pela última vez às 19h35 com informação sobre o destino das novas obrigações, mas também a distribuição por tipo de investidor)
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