Trabalhadores da CGD estão em greve. E se o seu balcão estiver encerrado?
Sindicato do banco público protesta contra a denúncia do Acordo Empresa. A greve deverá encerrar muitos balcões em todo o país, antecipa o presidente do STEC. Administração desvaloriza impacto.
Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) estão em greve esta sexta-feira, numa ação protesto convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) contra a denúncia dos Acordos Empresa por parte da administração liderada por Paulo Macedo. Não estranhe se o seu balcão habitual se encontrar de portas fechadas durante todo o dia. Mas saiba que tem alternativas que o poderão ajudar a ultrapassar maiores dificuldades com a greve.
Em causa no diferendo entre trabalhadores e banco está a denúncia dos quatro Acordos Empresa no final do mês passado e uma proposta da administração que, entre outras coisas, vai eliminar as anuidades e promoções por antiguidade e estabelece regras mais apertadas na concessão do crédito aos funcionários do banco público.
Para o STEC, a estrutura sindical com maior representatividade junto dos trabalhadores do banco público, esta denúncia representa uma afronta aos direitos laborais. E daí a greve em pleno verão. “Era importante dar uma resposta agora e não daqui a um mês. Há um clima de revolta e descontentamento impressionante entre os trabalhadores da CGD, que não se viu na greve de 2012 quando o Governo cortou os subsídios de férias e de Natal”, notou o presidente da direção do STEC, João Lopes, ao ECO.
“Estamos convictos de que muitos balcões vão estar encerrados e que outros estarão abertos apenas para a administração contrariar as estatísticas da greve porque, embora o balcão vá estar efetivamente aberto, não vai prestar qualquer serviço”, acrescentou o dirigente sindical. “Tudo o que for operações que exigem um gestor ou um documento assinado não poderão ser realizadas se a agência estiver encerrada. Os clientes são sempre afetados por uma greve e estamos cientes desse impacto nesta greve. Mas não há forma de dar a volta a isto”, disse ainda.
Fonte oficial do banco revelou ao ECO que só nas primeiras horas da greve se vai avaliar e decidir quais as agências que reúnem os requisitos de segurança e de operacionalidade adequados para a abertura de portas. Caso a caso. A administração está a encarar esta greve com relativa “normalidade”, não perspetivando um grande impacto naquilo que são as suas operações e o seu serviço junto dos clientes.
“A CGD garante as operações e serviços através dos seus canais habituais: agências, atendimento telefónico Caixadirecta (707 24 24 24), serviço de homebanking Caixadirecta online e da app Caixadirecta, com acesso a mais de 100 operações e funcionalidades, desde uma simples consulta de saldo até a um investimento em bolsa, passando por carregar um cartão, transferir dinheiro, pagar contas ou reforçar poupanças“, adiantou a mesma fonte.
"Era importante dar uma resposta agora e não daqui a um mês. Há um clima de revolta e descontentamento impressionante entre os trabalhadores da CGD, que não se viu na greve de 2012 quando o governo cortou os subsídios de férias e de Natal.”
Também através da Caixadirecta (via internet, telefone, mobile, sms, app, smartwatch e app caderneta digital), os clientes poderão aceder às suas contas bancárias, “inclusive a generalidade das empresas que realiza as suas operações através dos canais automáticos e troca de ficheiros”.
O sindicalista João Lopes lembra a “matriz de clientes da CGD, que não lida tanto com os canais digitais na sua relação com o banco”.
Para estes clientes mais “analógicos”, o banco disponibiliza o serviço Caixautomática, através do ATM da CGD localizado nos átrios de entrada da maioria das agências, e que permite fazer levantamentos, transferências entre contas CGD, depósitos de numerário e cheques, requisição de cheques, entre outras funcionalidades.
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