Ryanair prestes a enfrentar nova greve europeia
Depois das greves de julho e agosto, a Ryanair prepara-se para enfrentar uma nova paralisação. Tripulantes de cabine de Itália, Espanha, Bélgica, Portugal e Alemanha estão a pensar parar em setembro.
Os sindicatos dos tripulantes de cabine da Ryanair de Itália, Espanha, Bélgica, Portugal e Alemanha vão reunir-se a 7 de setembro para marcar mais uma paralisação, avança o El Economista. A transportadora aérea atirou para junho de 2022 a aplicação das leis nacionais aos contratos de trabalho celebrados com estes profissionais, o que fez aumentar as tensões.
Nos últimos meses, várias têm sido as greves feitas por estes profissionais europeus, que reivindicam a aplicação da lei nacional aos seus contratos e não daquela em vigor no país de origem da empresa, a Irlanda.
Em 2012, a União Europeia aprovou uma alteração legislativa que exige a aplicação das regulações nacionais aos contratos de trabalho, tornando necessário, por exemplo, pagar os descontos devidos à Segurança Social.
O período de transição só termina, contudo, em 2022, pelo que a Ryanair recusa obedecer a essa norma e a ceder perante os sindicatos até esse ano. Tal atitude tem feito inflamar os ânimos, provocando múltiplas paralisações e consequentemente o cancelamento de milhares de voos.
Indemnizações de milhões
Esta nova, a confirmar-se, poderá custar mais alguns milhões de euros à companhia aérea. De acordo com a AirHelp, os 12 dias em que os tripulantes de cabine da Ryanair estiveram em greve em julho e agosto afetaram 270 mil passageiros, que no total podem ter direito a 78 milhões de euros em compensações.
A empresa especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos indica, por outro lado, que o acordo a que a Ryanair acaba de chegar com os sindicatos irlandeses deverá marcar o início de um regresso à normalidade.
“Agora que a Ryanair chegou a acordo com os pilotos irlandeses, aceitando o seu apelo por melhores condições de trabalho, é altura para também compensar os milhares de passageiros que não puderam viajar devido à má gestão da Ryanair nos últimos dois meses, tornando-se num dos verões mais caóticos de sempre“, sublinha o brand manager da AirHelp, em comunicado.
Note-se que, no caso de atrasos superiores a três horas, cancelamento ou impedimento de embarque, o passageiro tem direito a compensações até 600 euros, em determinadas circunstâncias. Se o atraso for superior a duas horas, as transportadoras têm também de fornecer refeições, bebidas, acesso a comunicações e até acomodação, se necessário.
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