Bancos antecipam redução da procura no crédito da casa e aumento no crédito ao consumo no final do ano
Os bancos portugueses estão à espera de uma redução da procura de crédito à habitação no final do ano, enquanto a procura de crédito com fins de consumo deverá aumentar.
Os bancos portugueses estão à espera de uma redução da procura de crédito à habitação no final do ano, enquanto a procura de crédito para fins de consumo deverá aumentar, revela o Banco de Portugal.
Segundo o inquérito aos principais bancos nacionais sobre o mercado de crédito, embora se preveja uma estabilização da procura de crédito por parte das empresas no quarto trimestre do ano, as famílias portuguesas deverão procurar menos crédito para aquisição de casa e mais crédito para compra de bens e serviços de consumo, como eletrodomésticos, automóveis ou férias no período que coincide com a quadra natalícia.
“Para o quarto trimestre de 2018, a maioria das instituições participantes não antecipa alterações na procura de empréstimos por parte de empresas”, revela o banco central no relatório divulgado esta terça-feira. “No segmento dos particulares, um banco considera que a procura de crédito à habitação irá diminuir consideravelmente e outro banco considera que irá apenas diminuir ligeiramente. Relativamente ao crédito ao consumo, um banco antevê uma diminuição na procura e outros dois bancos anteveem um aumento”, detalha ainda.
Não são adiantadas quaisquer justificações para a evolução do comportamento da procura do mercado no final do ano, embora os bancos inquiridos estejam a prever uma restrição dos critérios de aprovação nos empréstimos aos particulares, depois de o Banco de Portugal ter imposto regras mais apertadas na concessão de crédito a partir de julho. Entre outras medidas, a autoridade bancária impôs limites no montante do empréstimo face ao valor do imóvel e limites nas maturidades dos contratos à habitação para um máximo 40 anos.
Foi por causa destas medidas, de resto, que os bancos indicaram “maior restritividade no crédito a particulares” durante o trimestre passado. A maioria das instituições reportou critérios de aprovação de empréstimos às famílias mais apertados, “tanto no crédito à habitação como no crédito ao consumo”.
Ainda assim, tais restrições pouco se fizeram sentir na procura de crédito para compra de casa, com a maioria dos bancos a reportar um aumento da procura neste segmento de crédito, enquanto o segmento do consumo registou uma evolução estável.
(Notícia atualizada às 13h39)
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