Depois do trambolhão, Wall Street sobe à espera da Fed
Wall Street abriu a semana com um trambolhão: caiu mais de 2% e tocou em mínimos de 14 meses. Na sessão desta terça-feira, a praça norte-americana já está, contudo, a recuperar, tendo aberto no verde.
Depois de ter arrancado a semana em mínimos de 14 meses, Wall Street está agora a recuperar. O receio de que a Reserva Federal aumente de novo as taxas de juro continua presente, mas a perspetiva de que estejam no horizonte bons resultados empresariais está a animar as negociações. Esta terça-feira, a bolsa norte-americana abriu, assim, em terreno positivo.
Na segunda sessão da semana, o índice de referência, o S&P 500, está a valorizar 0,76% para 2.565,27 pontos. A recuperar também estão o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones, que estão a somar 0,90% para 6.814,76 pontos e 0,84% para 23.790,53 pontos, respetivamente.
Isto depois do S&P 500 ter caído mais de 2% e tocado em mínimos de 14 meses, na primeira sessão da semana. Esse desempenho explicou-se pelo receio de que a Reserva Federal anuncie, na quarta-feira, mais uma subida das taxas de juro (a quarta do ano), o que poderia implicar uma desaceleração da economia global.
A propósito, o Presidente dos Estados Unidos colocou-se ao lado dos investidores contra tal decisão, referindo que seria uma “tolice”.
Apesar deste cenário, Wall Street recuperou o fôlego, esta terça-feira, à boleia da perspetiva de bons resultados empresariais.
Prova disso é o desempenho dos títulos da Oracle. A estimativa de que a empresa feche o quarto trimestre com resultados forte está a puxar pelos seus títulos, que sobem 3,93% para 47,53 dólares.
Acima da linha de água estão também as ações do setor financeiro (o mais sensível à eventual decisão da Fed). Os títulos do JPMorgan estão a subir 1,13% para 100,13 dólares, os do Citigroup 2,12% para 55,40 dólares, os do Goldman Sachs 2,06% para 171,46 dólares e dos Bank of America 2,04% para 24,97 dólares.
“Há uma falta de confiança em qualquer movimento de recuperação e precisamos de algo mais tangível para trazer confiança ao mercado”, avisa o analista Andre Bakhos, citado pela Reuters. “Houve um sell-off significativo e, antes de o mercado estabilizar, precisamos de algo tangível, seja um acordo comercial [com a China] ou uma decisão da Fed”, avisa.
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