Marcelo diz que clima pré-eleitoral começou “muito cedo”

  • ECO e Lusa
  • 25 Dezembro 2018

"O último trimestre de 2018 fez avultar a sensação de corrida contra o tempo, em busca de metas antes do período eleitoral que se prolongará praticamente por todo o ano de 2019”, diz Marcelo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta terça-feira que no último trimestre, ultrapassada a pressão da crise, cresceu a sensação de “corrida contra o tempo”, que antecipou o período pré-eleitoral.

“Entre nós, ultrapassada a pressão mais instante da crise e, como temor antecipado de ambientes externos mais complicados, com eventuais reflexos internos, o último trimestre de 2018 fez avultar a sensação de corrida contra o tempo, em busca de metas antes do período eleitoral que se prolongará praticamente por todo o ano de 2019”, escreve Marcelo, numa mensagem de Natal publicada hoje no Jornal de Notícias.

Segundo o Presidente, os últimos meses foram de debate coletivo, envolvendo a elaboração do Orçamento para 2019 e “o próprio clima pré-eleitoral, muito cedo esboçado”.

“No fundo, neste Natal, estamos apenas a cinco meses da primeira de várias eleições importantes para o nosso horizonte até 2023-2024”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que, ao mesmo tempo, há setores sociais aliviados por reajustamentos pessoais e funcionais e outros que esperaram mais, ou esperam mais, para compensar adiamentos do passado, numa clara referência às exigências dos professores para que lhes sejam contabilizados os cerca de nove anos de serviço em termos de progressão nas carreiras.

E – continua Marcelo Rebelo de Sousa -, “melhorando embora a expressão dos que se encontram condenados à pobreza ou seu risco, continua a existir um quinto dos portugueses em tais situações, e desigualdades agravadas pela crise resistem em tantos casos”. O Instituto Nacional de Estatística revelou que a população em risco de pobreza em Portugal recuou pelo terceiro ano consecutivo, para 17,3% em 2017. Os habitantes da capital foram os menos afetados, enquanto nas ilhas se registou a incidência mais alta. Idosos, reformados e desempregados são os grupos onde o perigo aumentou.

É por isso, na opinião de Marcelo, um Natal “menos pesado”, mas feito de “sentimentos mistos”. “Alívio para uns, luta por expectativas acalentadas para outros, preocupação para todos com o que vai chegando de fora de antevisões dos tempos que se avizinham”, escreve o Chefe de Estado.

“Que esses sentimentos mistos não nos façam perder nem a coesão nacional nem a esperança, nem a proverbial sabedoria que nos leva a saber separar o essencial do que o não é – é o meu voto de Natal”, afirma.

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