Crédito Agrícola corta spread da casa para 1,2%. É o terceiro mais baixo
O banco liderado por Licínio Pina reviu em baixa o leque de spreads que cobra para dar crédito à habitação. A nova margem mínima é a terceira mais baixa do mercado.
Mais um episódio da guerra de spreads. Depois do BPI, em fevereiro, chega a vez do Crédito Agrícola rever em baixa a margem mínima que cobra para financiar a compra de casa. O banco liderado por Licínio Pina colocou o spread mínimo do crédito à habitação em 1,2%. Trata-se do terceiro mais baixo do mercado. Apenas o Bankinter e o Banco CTT têm valores inferiores.
O novo spread mínimo de 1,2% a aplicar na concessão de crédito a clientes do segmento “adultos” surge na atualização do preçário do Crédito Agrícola realizada a 11 de março. Ou seja, praticamente um ano depois de o banco ter descido a margem mínima para 1,4%, mexida que ocorreu em fevereiro de 2018.
Com esse corte, o Crédito Agrícola deixa de ter o terceiro spread mínimo mais elevado do mercado, para passar a ter o terceiro mais baixo.
Os spreads mínimos de dez bancos
Fonte: Preçários dos bancos
Entre um universo de dez instituições financeiras, até agora apenas o Banco Montepio (1,5%) e o Eurobic aplicavam margens mínimas mais elevadas do que o Crédito Agrícola. No atual cenário, apenas o Bankinter (1%) e o Banco CTT (1,1%) apresentam spreads inferiores.
O Crédito Agrícola é assim o segundo banco a rever em baixa a sua tabela de spreads em 2019, depois de o BPI ter dado o pontapé de saída para eventuais contra-ataques dos concorrentes. Essas mexidas acontecem numa altura em que, apesar dos alertas e da medida macroprudencial do Banco de Portugal que entrou em vigor no início de julho com o objetivo de colocar um travão no crédito e prevenir situações de sobreendividamento, a concessão de empréstimos para a compra casa continua a crescer.
No ano passado, a concessão de crédito à habitação atingiu um novo recorde. Os bancos disponibilizaram quase dez mil milhões de euros — 9.835 milhões de euros — em empréstimos para a compra de casa, em 2018, um novo máximo desde 2010.
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