EDP poderá criar parceria na América Latina com chineses se OPA falhar, avança a Reuters
Se a OPA falhar, a EDP poderá propor uma joint venture com a ChinaThree Gorges, permitindo que os chineses expandam a sua presença no Brasil e América Latina, avança a Reuters.
Se a OPA falhar, a EDP poderá propor uma joint venture com a China Three Gorges (CTG), permitindo que os chineses expandam a sua presença no Brasil e na América Latina, avança a Reuters. Atualmente, a empresa liderada por António Mexia já conta com uma parceria deste género com a CTG, no Peru.
“Se a CTG não conseguir aumentar a sua participação [na EDP], será impossível regressar à normalidade. A CTG poderá acabar por tomar o controlo do ramo brasileiro [da energética], reduzindo a sua participação na EDP“, adianta uma das fontes ouvidas pela agência de notícias.
A CTG está entre as empresas chinesas que, nos últimos anos, têm procurado aumentar os seus investimentos no continente europeu, nomeadamente em Portugal, na Grécia e no Chipre. Foi nesse âmbito que, em maio do ano passado, a energética sínica lançou uma OPA à EDP, estando esse processo a decorrer de forma lenta.
A nível regulatório, a CTG ainda está à espera de “luz verde” tanto no plano europeu, quanto no norte-americano. A propósito, nos Estados Unidos, a transação corre mesmo o risco de ficar presa na mesa de Donald Trump, que terá a última palavra neste processo, caso haja dúvidas. Por outro lado, a EDP tem considerado que o valor oferecido é demasiado baixo.
Face a estes obstáculos e tendo em conta a vontade da CTG se expandir na América Latina, fontes próximas do processo explicam que, se a OPA falhar, os chineses deverão estar interessados em criar uma joint venture com a EDP no Brasil. A EDP Brasil tem um valor de mercado de 2,8 mil milhões de dólares (2,48 mil milhões de euros), tendo operações em sete estados brasileiros.
De acordo com o plano estratégico apresentado por António Mexia, a EDP pretende vender ativos no valor de dois mil milhões de euros em Portugal e em Espanha. Além disso, a energética planeia conseguir mais quatro mil milhões de euros com a rotação de ativos, isto é, com a venda de posições maioritárias em parques eólicos e outros ativos construídos pela empresa. Isto para apoiar a expansão da gigante no mercado da energia renovável e equilibrar as suas contas.
(Notícia atualizada às 14h30).
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