Palha da Silva vai ser presidente da Assembleia Geral da EDP

Nome do CEO da Pharol vai ser proposto pela Oppidum, com 7,19% do capital, a 24 de abril, mas será apoiado por outros acionistas de referência, incluindo os chineses.

Luís Palha da Silva, atual presidente executivo da Pharol, vai ser o nome proposto aos acionistas da EDP, para ocupar o lugar de novo presidente da Assembleia Geral, na próxima assembleia geral, no dia 24 de abril.

Segundo apurou o ECO Insider, o nome de Luís Palha da Silva vai ser proposto pela Oppidum, com 7,19% do capital, da família Masaveu Herrero e do LiberBank. Mas será apoiado por outros acionistas de referência, nomeadamente os chineses. Contactado, Luís Palha da Silva escusou-se a fazer quaisquer comentários.

A EDP está sem presidente da Assembleia Geral desde meados de 2018, quando António Vitorino foi nomeado diretor das migrações na União Europeia. Não é normal, tendo em conta a relevância da empresa, a exposição ao mercado e, sobretudo, a existência de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) em curso, lançada há quase um ano pelo maior acionista, a China Three Gorges (CTG).

Também por causa disso, os acionistas não se entendiam sobre a nomeação de um novo presidente. A EDP tem um vice-presidente da assembleia geral, o advogado Rui Medeiros, da Sérvulo, que, interinamente, tem essas funções.

A função de presidente da Assembleia Geral é particularmente relevante na EDP por duas ordens de razões, uma estrutural e outra conjuntural: o presidente da mesa tem presença no Conselho Geral e de Supervisão (CGS), onde se sentam os principais acionistas e membros independentes.

No quadro da OPA, o presidente da Assembleia Geral tem de decidir se os acionistas chineses, a CTG e a CNIC, podem votar com a totalidade dos votos, quase 30%, ou se estão limitados ao teto da blindagem de estatutos, que é de 25%, por serem detidas pelo Estado chinês.

Luís Palha da Silva é presidente executivo da Pharol, sociedade gestora de uma participação acionista de cerca de 5,51%, na Oi. Por isso, não se colocam questões de conflito de interesse nem de tempo. É, no entanto, um perfil de presidente da Assembleia Geral diferente do que regra geral é escolhido nas empresas portuguesas. Não é jurista, mas sim gestor. Essa experiência — na Jerónimo Martins, na Cimpor, na Galp — é particularmente importante no contexto acionista da EDP e, sobretudo, pelo assento que também terá no conselho geral, presidido por Luís Amado.

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