Portugal devia “investir mais” em Saúde, Educação e Infraestruturas, avisa vice-presidente do FMI
Para o vice-presidente do FMI, David Lipton, os portugueses deviam aproveitar a recuperação económica para investirem mais em áreas críticas como a Saúde, Educação e Infraestruturas.
David Lipton, vice-presidente do FMI, considera que “Portugal devia reorientar gastos para investir mais” em áreas em que o investimento é mais necessário, como a Saúde, a Educação e as Infraestruturas, aproveitando este período de recuperação da grande crise económica e financeira.
“Os países estavam muito fracos, não tiveram outra escolha se não ajustar os seus défices orçamentais e baixar os gastos em muitas categorias”, reconheceu David Lipton, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago). Mas, agora, “ao longo da recuperação”, Portugal tem agora “a oportunidade para ser mais criterioso” no que toca ao investimento público. E deve “reforçar os gastos” nestas três áreas críticas.
Contudo, o vice-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI) avisou que essa reorientação do investimento tem de ser feita “dentro das restrições de manter o excedente orçamental primário” que “Portugal já tem”.
Nova crise à porta? “Não sabemos”
O Jornal de Negócios recupera um discurso do vice-presidente do FMI em dezembro, no qual David Lipton afirmou já estar a pensar na próxima crise financeira. Numa altura em que existem sinais que apontam para um abrandamento da economia mundial, questionado sobre se uma nova crise está aí à porta, David Lipton disse que ninguém sabe “quando virá”.
“O nosso cenário base aponta para crescimento continuado, apesar de ter abrandado. Não sabemos se o próximo declínio será brando ou uma recessão. E pode ser suave ou mais severa”, explicou o economista, que garantiu não estar a “prever crises”, mas apenas a dizer que os países precisam “de estar prontos”.
"O nosso cenário base aponta para crescimento continuado, apesar de ter abrandado. Não sabemos se o próximo declínio será brando ou uma recessão.”
“Estou preocupado porque, comparando com há dez anos, a maior parte dos países não vai estar tão forte para lutar contra uma recessão, porque usou muito do espaço de políticas que tinha”, concluiu o vice-presidente do FMI.
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