Risco de pobreza baixou em 2018. Atinge 2,2 milhões de portugueses
Há menos pessoas em risco de pobreza ou exclusão social, mas fenómeno continua a atingir mais de 2,2 milhões de portugueses. Dados do INE mostram melhoria na distribuição de rendimentos.
Em 2018, um total de 2,223 milhões portugueses estava em risco de pobreza ou exclusão social, com os dados sobre as condições de vida em Portugal a mostrarem uma melhoria face aos anos anteriores.
Este número resulta da conjugação das pessoas em risco de pobreza no ano anterior (1,77 milhões) ou que viviam em agregados com rendimentos mais reduzidos (532 mil) no ano anterior ou que viviam em privação material severa em 2018 (615 mil), de acordo com o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento divulgado esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Por conseguinte, a taxa de pobreza ou exclusão social foi de 21,6% em 2018, menos 1,7 pontos percentuais do que no ano anterior e menos 5,9 pontos do que em 2013″, mostra o INE.
Era nas regiões autónomas dos Açores (36,4%) e da Madeira (31,9%) onde se registavam as mais elevadas taxas de pobreza ou exclusão social, isto apesar de a proporção de pessoas naquelas condições ser maior na região Norte (814 mil pessoas) e na região Centro (514 mil pessoas). Estas duas regiões “totalizavam 60% de pessoas afetadas no país”.
Na Área Metropolitana de Lisboa, embora apresente a taxa de risco de pobreza mais baixa entre todas as regiões, na ordem dos 16,7%, ou seja, menos 4,9 pontos do que os valores nacionais, “o número de pessoas atingidas por este risco era dos mais elevados (474 mil portugueses)”.
Além da redução do risco de pobreza e exclusão social, os dados do INE revelam ainda uma “forte desigualdade na distribuição dos rendimentos, “apesar dos principais indicadores de desigualdade se terem reduzido novamente em 2017”.
Por exemplo, o coeficiente de Gini, que tem em conta toda a distribuição dos rendimentos, refletindo as diferenças de rendimentos entre todos os grupos populacionais, registou um valor de 32,1%, menos 1,4 pontos percentuais do que no ano anterior.
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