Médicos portugueses em greve nacional no fim de junho
Os médicos portugueses vão parar durante 24 horas na última semana de junho, depois de uma reunião com o Governo que não resultou em acordo.
Os médicos portugueses decidiram marcar uma greve nacional de 24 horas para a última semana de junho. A decisão conjunta do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) surge depois de uma reunião com o Ministério da Saúde, da qual não resultou qualquer acordo. A informação foi confirmada pelo ECO.
“Infelizmente, fomos empurrados para um processo de greve que nós não desejamos. Não queremos causar dano aos nossos utentes”, disse o dirigente sindical à RTP 3, à saída da reunião com o Governo. Segundo Roque da Cunha, o Ministério da Saúde não respondeu “à questão da dedicação plena” nem “à diminuição das horas de urgência no trabalho normal dos médicos, libertando tempo para as listas de espera, cirurgias e consultas”, afirmou.
“Vamos avançar com uma greve na última semana de junho”, disse, indicando que o dia “será definido na primeira semana” desse mês. Assim, a greve será “sempre depois das eleições europeias” e nunca “a uma segunda nem a uma sexta-feira”, prometeu o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.
Estamos há três anos e meio em negociações. Não nos resta outra hipótese.
Apesar da ameaça, ficou agendada uma nova reunião das duas estruturas sindicais com o Ministério da Saúde para 7 de junho. No entanto, contactado pelo ECO, Jorge Roque da Cunha mostrou-se pouco esperançoso de que o próximo encontro vá resultar num retrocesso na decisão de greve. “Estamos há três anos e meio em negociações. Não nos resta outra hipótese”, sublinhou.
Num comunicado conjunto, o SIM e a FNAM elencam as principais reivindicações dos médicos portugueses. Entre elas, “a redução de 18 para 12 horas de trabalho normal no Serviço de Urgência, redução da lista de utentes dos Médicos de Família, abertura de concursos para garantir a carreira médica, revisão da carreira médica e grelhas salariais e regresso do regime de dedicação exclusiva”.
Contactado, o ministério liderado por Marta Temido não quis comentar.
(Notícia atualizada às 18h06 com mais informações)
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