Procura pelas obrigações da SAD do Benfica está a ser “mais robusta que a oferta”

Domingos Soares de Oliveira não revela a procura registada pelas obrigações da SAD, mas reconhece que esta já está a superar a oferta. Emissão de valor reduzido ajuda.

O Benfica está no mercado para captar financiamento junto de sócios, adeptos e outros investidores. Através desta emissão, pretende captar 25 milhões de euros, valor esse que já terá sido totalmente subscrito. Em declarações ao ECO, Domingos Soares de Oliveira fala numa procura “mais robusta” do que a oferta de obrigações que está a decorrer até meados deste mês.

“Não podemos dar informação relativamente aquilo que é a procura”, mas “o facto de termos feito um reembolso de 50 milhões de euros e de estarmos a lançar uma emissão que à partida tem um valor mais baixo, de 25 milhões de euros, torna, naturalmente, a procura numa procura mais em linha com aquilo que é a nossa oferta. Ou seja, mais robusta que a nossa oferta”, diz o CFO da SAD. “Estou confiante“, remata.

Este sinal de confiança dado pelo administrador financeiro de que os títulos que a SAD pretende colocar já estarão totalmente subscritos vão de encontro às informações obtidas pelo ECO, que apontam para a subscrição na totalidade das obrigações logo no arranque da operação. O período de oferta pública arrancou dia 3 de maio, prolongando-se até dia 16.

A emissão é de apenas 25 milhões de euros, sendo que é feita em conjunto com uma oferta de troca de títulos emitidos em 2017. Mais baixa é também a taxa oferecida pela SAD. “Há uma ligeira redução da taxa para um valor que até agora nunca nenhuma SAD emitiu”, para 3,75%.

“É verdade que no âmbito da troca, para que os investidores possam ter a garantia de que conseguem estender o prémio até 2022, há um ligeiro prémio, mas a diminuição do custo de financiamento [para a SAD] é uma realidade”, diz, salientando que essa “realidade não se vai inverter. As contas são públicas e a robustez financeira da SAD é suficientemente conhecida”, disse à margem de um evento da PwC.

A robustez financeira da SAD do Benfica é um garante para os investidores deste tipo de instrumentos de dívida. “À exceção de um emitente, uma SAD, que teve um default mas conseguiu recuperar passados seis meses”, lembrou, sem mencionar o Sporting, os investidores têm tido uma boa experiência com as obrigações das SAD. Nós somos fieis, rigorosos no cumprimento das nossas obrigações. O mercado reconhece a seriedade da oferta da SAD do Benfica”, rematou.

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