Próximo iPhone poderá ser mais caro. Mas com ecrã curvo
A Apple poderá lançar um iPhone com ecrã curvo e tecnologia OLED no próximo ano, mas mais caro do que o habitual. Produção poderá ser um problema, mas a marca está a testar dez protótipos diferentes.
O iPhone 8, que deverá ser lançado no outono do próximo ano, poderá custar mais do que o habitual. Segundo avançou o The Wall Street Journal esta segunda-feira, a Apple estará a testar mais de dez protótipos do telemóvel — e com um ecrã curvo.
Para tal, a marca já terá pedido aos fornecedores para aumentarem a produção de ecrãs OLED, uma tecnologia que, caso chegue ao iPhone, permitirá ecrãs com cores mais naturais e profundas, assim como maiores resoluções do que as dos atuais telemóveis da Samsung, escreve o jornal. É, no entanto, mais cara do que a atual.
A tecnologia já foi adotada por fabricantes como LG, Google, Xiamoi e a própria Samsung, uma das fornecedoras da marca liderada por Tim Cook. Recorde-se que em meados de novembro, a Bloomberg avançou que os atuais produtores da tecnologia poderão não conseguir corresponder à procura, o que poderá levar a Apple a lançar só uma versão do iPhone com ecrã OLED ou, em último caso, a desistir, por agora, da tecnologia.
Isso explica-se ainda pelo facto de a Apple e a Samsung concorrerem diretamente no mercado dos smartphones, o que tem levado Tim Cook a diversificar a lista de fornecedores. A LG, a Japan Display e a Sharp compõem a lista, mas, frisa o The Wall Street Journal, têm capacidades de produção bastante inferiores à Samsung.
No entanto, é provável que a Apple avance para integração dos ecrãs OLED nos iPhones, que são melhores do que a tecnologia LCD atualmente usada. A marca está sob pressão para desenvolver um telemóvel que realmente convença os fãs no ano que vem: o iPhone assinala dez anos em 2018 e o iPhone 7, lançado este ano, não trouxe grandes novidades ao nível do design e das funcionalidades.
De acordo com o The Wall Street Journal, os contratos assinados neste campo entre a Apple e os fornecedores de ecrãs OLED poderá, a longo prazo, dar um novo e forte impulso ao segmento. Atualmente, segundo o jornal, algumas empresas deste setor não têm tido boas performances ao nível das contas.
O mercado de ecrãs OLED deverá superar o dos ecrãs LCD em receitas já no próximo ano, valendo 18,6 mil milhões e dólares. Em 2015, o mercado LCD gerou 20,8 mil milhões de dólares, contra os 10,6 mil milhões gerados pelos ecrãs OLED, segundo dados da IHS Markit, citados pelo jornal.
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