Nestas empresas não se usa gravata, sai-se mais cedo e todos os dias são casual friday… Mas só no verão

Há empresas que permitem que os colaboradores deixem a gravata na gaveta, troquem as calças de fato por jeans ou os sapatos engraxados por ténis. E também há quem dê a tarde de sexta-feira.

As empresas estão a aproveitar o verão para transmitir uma mensagem de maior informalidade, proximidade e modernidade, aderindo às novas realidades laborais. As diferenças são mais visíveis ao nível do vestuário. Muitas organizações, nomeadamente o setor bancário, permitem que os colaboradores deixem a gravata em casa, troquem as calças de fato por calças de ganga e até os sapatos engraxados por ténis.

E esta atitude mais descontraída não atinge somente o código de vestuário. Também há quem opte por políticas de flexibilidade a nível de horário, de modo a facilitar um fim de semana prolongado ou uma ida à praia em qualquer dia da semana.

O ECO foi à procura das empresas que, no verão, adotam uma atitude mais descontraída. E descobriu que o setor bancário está a entrar nesta “onda”.

No verão, o fato é sem gravata

Na área da banca, um setor onde a gravata é uma imagem de marca, várias empresas estão a alterar o seu código de vestuário profissional, pelo menos durante os meses de verão. O EuroBic é um deles. O banco decidiu tornar o uso de gravata facultativo, tanto nos edifícios corporativos como também nas agências.

“A gravata é somente essencial nos momentos de visita aos clientes”, explica o banco em comunicado, acrescentando que a decisão foi tomada “em linha com as mais recentes práticas internacionais e acompanhando a tendência nacional”. “Trabalhar sem gravata inscreve-se numa tendência de modernidade e proximidade”, refere o EuroBic.

Para a banca, tirar as gravatas dos colarinhos das camisas é uma forma de reforçar a tendência de modernidade e proximidade.Pixabay

Mas, também há quem opte por alargar esta política ao ano inteiro. É o caso do Montepio, que tomou a decisão em pleno verão, mas quer estendê-la às 52 semanas do ano. “A sexta-feira passou a ser o dia de deixar a gravata na gaveta”, anunciou o banco em comunicado.

“Todos os colaboradores ganham em conforto, pelo vestuário mais casual e pelo espaço mais descontraído e informal”, continua, acrescentando que a decisão — que se insere no processo de transformação da instituição — poderá até ter outro tipo de benefícios. “[A decisão] vai possibilitar o menor uso de ares condicionados, com benefícios diretos na saúde e no meio ambiente”, diz o Montepio.

Quando o casual friday se alarga a todos os dias da semana

Já no banco francês BNP Paribas, o casual friday aplica-se, durante o verão, a todos os dias da semana. A empresa já tinha implementado esta política em alguns dos escritórios em Portugal, mas, no início do mês, decidiu alargá-la a mais colaboradores.

Está aberta a época “Summer Business Casual”, anunciou o BNP aos trabalhadores numa comunicação interna. Significa isto que, nos meses de verão, os trabalhadores podem vestir-se de forma mais informal como, aliás, já faziam durante todo o ano à sexta-feira. Ainda assim, a imagem mais casual (business casual) deve ser cuidada. “Aproveite o traje mais casual, mas evite as roupas demasiado informais. Lembre-se sempre de dar uma impressão profissional”, escreveu o banco no email que enviou aos seus colaboradores, ao qual o ECO teve acesso.

Há também uma espécie de guia de vestuário, com os “do” e os “don’t”. A nível do calçado, por exemplo, os chinelos e os ténis de desporto não são permitidos. Em vez disso, os colaboradores podem optar por ténis mais casuais. Já em termos de vestuário, nada de leggings ou calções, mas as calças de ganga fazem parte das opções permitidas.

Mais uma hora por dia, em troca da tarde de sexta-feira

A descontração característica do verão não passa apenas por alterações no código de vestuário profissional. A Landing.jobs, por exemplo, escolheu o verão para adotar políticas de flexibilidade ao nível dos horários dos colaboradores. “Durante os meses de julho e agosto, damos a sexta-feira à tarde”, conta Pedro Oliveira, cofundador da plataforma de recrutamento. Uma opção que é, contudo, facultativa, uma vez que, para ter a sexta-feira à tarde livre, é preciso trabalhar mais uma hora por dia ao longo da semana.

Na Landing.jobs, os colaboradores têm a opção de tirar a tarde de todas as sextas-feiras durante os meses de verão.

As tecnológicas, sobretudo, foram as empresas que deram o pontapé de saída para estas novas realidades laborais, que normalmente estendem a todo o ano. Vestuário informal (gravata nem pensar), pequenos-almoços gratuitos, sala de jogos, ginásio ou horários flexíveis são alguns dos exemplos.

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