Número de desempregados abaixo da fasquia dos 300 mil. Não acontecia há 27 anos

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego ficou abaixo dos 300 mil em junho, o que não acontecia desde dezembro de 1991.

O Governo informou que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal ficou abaixo das 300 mil pessoas em junho, algo que não acontece desde dezembro de 1991. Considerando apenas o território continental, o número “desce para 280 mil pessoas”, que é “o nível mais baixo em pelo menos 30 anos”, lê-se num comunicado do ministério tutelado por Vieira da Silva, que cita dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

“Pela primeira vez em mais de 27 anos, o desemprego registado ficou abaixo das 300 mil pessoas. O número de desempregados inscritos nos serviços de emprego em junho de 2019 desceu para as 298,2 mil pessoas. Para encontrar um número mais baixo é preciso recuar a dezembro de 1991, altura em que se registaram 296,6 mil desempregados inscritos”, refere a nota do Governo.

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social indica ainda que, nas regiões do Centro, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo, “o desemprego registado alcançou também os níveis mais baixos de que há registo”, enquanto no norte do país, o valor apurado é “o patamar mais baixo em 17 anos”. No Algarve, o desemprego registado “está em níveis comparáveis aos observados no início dos anos 2000”.

Na mesma nota, o Governo indica que o desemprego jovem “baixou para as 27,7 mil pessoas, uma queda de 12,2% em junho quando comparado com o mesmo mês do ano passado. É ainda uma queda de 8% em cadeia. “Já o desemprego de longa duração baixou para as 134,9 mil pessoas, menos 17,1% do que no mesmo mês do ano passado e menos 1,0% face ao mês de maio”, remata o Governo.

O ministério atribui este desempenho positivo do mercado laboral com o “bom desempenho da economia, o dinamismo do mercado de trabalho e a execução das políticas ativas de emprego”. Segundo o comunicado, os números do IEFP estão “em linha com os dados que têm vindo a ser observados pelo Instituto Nacional de Estatística”.

Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação do relatório sobre 40 anos de salário mínimo nacional, o ministro Vieira da Silva garantiu que o mercado de trabalho português continua com “dinâmica”, mas alertou que “aqueles que permanecem inscritos são os que tem mais dificuldade” em encontrar emprego. Por isso, “são os que exigem uma maior atenção das políticas públicas”. É por isso que, segundo o ministro do Trabalho, “a redução do número de desempregados não se consegue fazer hoje” ao mesmo ritmo do que “há dois ou três anos”.

(Notícia atualizada às 11h45 com declarações do ministro Vieira da Silva)

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